Evangelho: Lc 2, 16-21
16 Foram a toda a
pressa, e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura. 17
Vendo isto, conheceram o que lhes tinha sido dito acerca deste Menino. 18
E todos os que ouviram, se admiraram das coisas que os pastores lhes diziam.19
Maria conservava todas estas coisas, meditando-as no seu coração. 20
Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham
ouvido e visto, conforme lhes tinha sido dito. 21 Depois que se
completaram os oito dias para ser circuncidado o Menino, deram-Lhe o nome de
Jesus, como Lhe tinha chamado o anjo, antes que fosse concebido no ventre
materno.
Comentários:
São
os pastores os primeiros seres humanos a receber a notícia do Nascimento do
Salvador. Porquê? Os desígnios de Deus são insondáveis e misteriosos mas têm,
sempre, um motivo: ensinar alguma coisa aos homens!
A
nós, ensina-nos que os humildes e simples têm prerrogativas absolutamente
claras sobre os restantes. Estão naturalmente dispostos a aceitar - e
reconhecer - a simplicidade e a pureza onde a encontram.
Pensemos,
por exemplo, que os primeiros a serem avisados fossem os Príncipes dos
Sacerdotes? Aceitariam considerar que aquele Menino deitado numa manjedoura era
o Filho de Deus feito homem?
Seguramente
estranhariam não de depararem com a pompa e aparato que, no seu entender,
deveriam rodear o Messias há muito esperado.
Os
simples verão a Deus e conquistarão o mundo!
(ama,
comentário sobre Lc 2, 16-21, 2013.01.01)
Já publicados:
«Maria meditava
todas estas coisas no seu coração», não é de admirar, pois acontecimentos tão
extraordinários não foram revelados na mensagem do Anjo. Sabendo que Aquele que
gerara era o Filho de Deus – o próprio Deus – Maria não se surpreende com a
pobreza e humildade do Nascimento do seu Filho. Tem a certeza que é a Vontade
de Deus e, como seu “Fiat” já tinha expresso, esta era a única coisa que lhe
interessava. Porque as guardava no coração? Porque o coração de Maria é o cofre
mais terno e puro que pode encontrar-se logo, o melhor local para guardar bem
seguros os mistérios da Redenção.
(ama, comentário sobre Lc 2, 16-21,
2009.11.30)
Os pastores de Belém são os primeiros seres humanos
a encontrar-se face a face com o Salvador. Jesus, acabado de nascer indica
assim a Sua profunda ligação a estes homens. Chamar-se-á a Si mesmo o Bom
Pastor e aos homens as Suas ovelhas.
Esta ligação tão vincada tem um significado
profundo.
As ovelhas não podem viver entregues a si próprias,
precisam de alguém que as conduza às pastagens mais suculentas, as guarde e
proteja dos ataques dos que pretendem fazer-lhes mal.
Sob a guarda e guia de Jesus não só encontraremos o
alimento que necessitamos como estaremos a salvo de qualquer ataque.
(ama, comentário sobre Lc 2, 16-21, 2011.01.01)
Que significa
proclamar Maria “Mãe de Deus”? Significa reconhecer que Jesus, o fruto do seu
seio, é o Filho de Deus, consubstancial ao Pai, que o gerou na eternidade
(Credo). Um grande mistério, um mistério de amor! Ele, o Filho único do Pai (Jo
1,14), fez-se um entre nós. Desta forma, “a eternidade entrou no tempo” e
a sucessão dos anos, dos séculos, dos milénios, não é uma viagem cega para o
desconhecido, mas um caminho para Ele, plenitude do tempo (Ga 4,4) e
ponto de chegada da história.
Honrando a Santíssima
Virgem como Mãe de Deus, queremos igualmente sublinhar que Jesus, o Verbo
eterno feito carne, é o verdadeiro "filho de Maria”. Ela transmitiu-lhe a
plena humanidade, foi sua mãe e sua educadora, comunicando-lhe a doçura, a
força delicada do seu temperamento e as riquezas da sua sensibilidade.
Maravilhosa troca de dons: Maria que, enquanto criatura, é primeiro que tudo
uma discípula de Cristo e ao mesmo tempo resgatada por Ele, foi escolhida como
sua mãe para modelar a sua humanidade. Na relação entre Maria e Jesus realiza-se
assim de maneira exemplar e sentido profundo do Natal: Deus fez-se semelhante a
nós, para que nos tornemos, de certa forma, como Ele.
(João Paulo II)
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