Tempo comum I Semana |
1 Passados alguns dias, Jesus entrou
outra vez em Cafarnaum, e soube-se que Ele estava em casa. 2
Juntou-se muita gente, de modo que não se cabia, nem mesmo à porta. E Ele
pregava-lhes a Palavra. 3 Nisto chegaram alguns conduzindo um
paralítico que era transportado por quatro homens. 4 Como não
pudessem levá-lo junto d'Ele por causa da multidão, descobriram o tecto na
parte debaixo da qual estava Jesus e, tendo feito uma abertura, desceram o
leito em que jazia o paralítico. 5 Vendo Jesus a fé daqueles homens,
disse ao paralítico: «Filho, são-te perdoados os pecados». 6 Estavam
ali sentados alguns escribas que diziam nos seus corações: 7 «Como é
que Ele fala assim? Ele blasfema. Quem pode perdoar pecados senão Deus?». 8
Jesus, conhecendo logo no Seu espírito que eles pensavam desta maneira dentro
de si, disse-lhes: «Porque pensais isto nos vossos corações? 9 O que
é mais fácil dizer ao paralítico: “São-te perdoados os pecados” ou dizer:
“Levanta-te, toma o teu leito e anda”? 10 Ora, para que saibais que
o Filho do Homem tem na terra poder de perdoar os pecados, 11 -
disse ao paralítico -: Eu te ordeno: Levanta-te, toma o teu leito e vai para a
tua casa». 12 Imediatamente ele se levantou e, tomando o leito,
retirou-se à vista de todos, de maneira que se admiraram e glorificaram a Deus,
dizendo: «Nunca vimos coisa semelhante»
Comentários:
Em algo os escribas têm razão: só Deus pode perdoar os
pecados dos homens.
Ele, que sabe tudo, conhece-os em pormenor mas quer,
assim o dispôs, servir-se de alguém como intermediário para exercer essa função
ou tarefa de perdoar. Podia ter disposto de outro modo mas foi assim que quis e
como Ele é que detém todo o poder, não nos cabe a nós discutir ou de alguma
forma questionar o Sacramento penitência.
(ama, Comentário sobre Mc
2, 1-11, 2013.01.17)
Já publicados:
Este homem de que nos fala o Evangelho tinha uma
deficiência terrível, a paralisia que o tinha amarrado numa enxerga e, ao mesmo
tempo, possuía um bem precioso, a amizade de quatro homens dispostos a tudo
fazer pelo seu amigo nem que fosse algo tão insólito como fazer um buraco no
tecto para o descer deitado na sua enxerga de dor em frente daquele que,
sabiam, o podia curar.
Talvez Jesus tenha feito o milagre quase 'obrigado'
pelos escribas para lhes provar que tinha efectivo poder de perdoar os pecados
porque era Deus, talvez, também, para 'premiar' a fé daqueles quatro e, talvez
ainda, para sublinhar o enorme bem que é a amizade verdadeira.
Ele próprio há-de referir aos discípulos que são Seus
amigos e que assim os deseja tratar e ser considerado por eles.
Ser Teu amigo, Senhor!
(ama, Comentário sobre Mc
2, 1-11, 2012.02.19)
Ao
menor obstáculo ou contrariedade, desisto de Te levar aquele que puseste no meu
caminho para isso mesmo. Sou muito “especial”, preciso que tudo esteja em
ordem, que o ambiente seja o apropriado, que as pessoas estejam disponíveis e
prontas, o ambiente o ideal. Se não... desisto, fica para
depois, mais logo, um dia destes!
Não me capacito que o Senhor quer que o
faça hoje, agora. Não me dou conta que esta pessoa, este familiar, este amigo,
não pode esperar, que conta comigo para o levar a Cristo. Tenho de convencer-me
que as dificuldades ou obstáculos que possa haver não importam para nada desde
que, eu, remova efectivamente os obstáculos e dificuldades no meu coração.
(ama, Meditação sobre Mc 2, 1-11, 2009)
Paralisia ou confiança?
É interessante verificar que, neste caso, o que foi curado do seu mal, não
tenha dado graças, como em muitas situações semelhantes, os Evangelistas
referem. Parece que, à ordem de Jesus, se levantou prontamente, pegou na
enxerga e foi-se embora. Aliás este homem não diz uma única palavra durante
todo o tempo que terá demorado esta situação.
É natural, deveria estar como que
aturdido com tudo quanto se passara. Os amigos que não o largam e que insistem
em levá-lo à presença de Jesus, e arrostando com as dificuldades, não hesitam
em descê-lo, preso por cordas, do tecto até ficar, ali, no meio de toda aquela
gente que o observa curiosa e espantada.
Depois a figura de Jesus que se debruça
sobre ele parecendo que, de repente, não havia mais ninguém na sala repleta de
gente, senão ele deitado na sua enxerga de dor e sofrimento.
E a paz, sim a enorme paz que sobre ele
desce quando Cristo lhe diz que os seus pecados estão perdoados e, ele, tem a
certeza que sim, que é verdade, que é um homem novo. No meio do burburinho que
se segue a estas palavras de Jesus não consegue perceber o motivo da discussão
nem dos murmúrios até que ouve aquela voz forte, veemente, decisiva: «Eu te
ordeno: Levanta-te, toma o teu leito e vai para a tua casa».
E, pura e
simplesmente… obedece!
A sua nova
condição de homem livre das amarras do pecado e da doença seguramente o hão-de
trazer de volta em busca de Quem obteve tão grandes benefícios, para Lhe
agradecer e seguir para onde quer que fosse.
(ama,
comentário sobre Mc 2, 1-ll, 2010.12.17)
O evangelista não refere
que João tenha apresentado a Jesus o seu irmão. Diz apenas que: «Jesus,
fixando nele o olhar, disse: «Tu és Simão, filho de João».
O Senhor conhece-nos a todos os homens pelo nosso nome, desde sempre.
De facto fomos formalmente apresentados a Cristo no dia do nosso
Baptismo em que nos foi dado um nome. Mas, Deus conhece-nos e chamou-nos por
esse mesmo nome desde o início dos tempos e, chamou-nos, para sermos santos
como Ele mesmo é Santo. (Ef
1, 4)
Como a Pedro também a nós nos diz que quer que sejamos Seus amigos
íntimos, Seus apóstolos (enviados) a propagar, como um incêndio, o Seu Reino.
Como a Pedro, dar-nos-á os meios, a fortaleza e a graça para o conseguirmos.
A nós cabe-nos obedecer com alegria e perseverança certos que assim, cumprindo
a Sua Vontade, ouviremos um dia: «Vinde,
benditos de meu Pai...»
(ama, Meditação sobre Mc 2, 1-11,
2012.01.15)
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