11/12/2013

Evangelho diário e comentários


Evangelho: Mt 11, 28-30

28 O «Vinde a Mim todos os que estais fatigados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. 30 Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo leve».

Comentários:

Mansidão o que é?
Parece-me que a melhor definição se encontra no próprio Jesus Cristo: ser como Ele foi em todas as circunstâncias da Sua vida terrena.
Nunca deixou de afirmar e, por vezes com expressa veemência, a verdade, a justiça e, sempre, denunciando o erro, a hipocrisia, os falsos e pusilânimes.
Ser manso não é fugir á luta quando é preciso lutar, evitar o confronto quando a verdade está em causa.
Note-se que o Senhor, associa a mansidão à  humildade e, se esta virtude é difícil de alcançar aquela não o será menos de conseguir.

(ama, comentário sobre Mt 11, 28-30, 2013.07.18)

Já publicados:

A verdadeira paz depende da paz de espírito e, esta, da tranquilidade da consciência.
Quando esta não existe surge a fadiga, o sentimento de opressão, o desânimo.
Por nós próprios, ser-nos-á sempre muito difícil ultrapassar estas situações, porque, naturalmente, a uma consciência inquieta, falta-lhe a serenidade necessária para fazer exame e corrigir.

Jesus Cristo oferece-se a Si mesmo como solução para este mal. Ele que é a autêntica Paz, a verdadeira Humildade, a completa Mansidão, ajudar-nos-á a encontrar o que nos falta, a conseguir o que procuramos.

Basta procura-lo e pedir-lhe.

(AMA, comentário, Mt 11, 25-30, 2013.07.17)

Quantas vezes ao longo da história – ainda a mais recente – no meio das maiores tormentas, dificuldades e carências os homens conheceram palpavelmente esse alívio ao submeterem-se voluntariamente ao suave jugo de Cristo. Então, foram capazes de suportar todas essas tormentosas situações e ultrapassar as aparentemente intransponíveis dificuldades.
No meio da maior desgraça e do caos provocado pela brutalidade humana – os campos de extermínio nazis, por exemplo – houve pessoas que tudo ultrapassaram e, até com um sorriso nos lábios, forma capazes de dar a própria vida em troca de outro companheiro de infortúnio.
O jugo de Cristo não é, portanto, sujeição mas libertação autêntica porque Jesus não oprime mas salva.

(AMA, comentário, Mt 11, 25-30, 2013.04.28)

A predilecção de Cristo pelos "pequeninos" manifesta-se com frequência. Estes "pequeninos" não são apenas as crianças mas todos os que são como elas, na pureza, na ausência de preconceitos, nos desejos simples, na confiança no Pai.
E, porque os desejos dos "pequeninos" são muito simples e concretos, o Senhor, por assim dizer, tem todo o prazer em satisfazê-los já que como Pai autêntico nada Lhe dá mais gosto que ver os Seus filhos felizes.

(ama, comentário sobre Mt 11, 25-30, 2011.11.03)

Parece ser da condição humana dominar ou ser dominado. Há sempre algo ou alguém superior a nós e que submete a nossa vontade condicionando o nosso querer.
Assim, o 'jugo' da virtude teologal da Fé, por exemplo, condiciona a nossa vida e a ela nos 'submetemos' voluntariamente.
Este, como outros, são jugos que, de certa forma, nos mantêm condicionados mas têm um bom efeito não dos deixando cair na anarquia.

(ama, comentário sobre Mt 11, 25-30, 2010.07.15)

Duvidar faz parte da maneira de ser humana. Queremos saber tudo em pormenor e, sobretudo naquilo que ultrapassa a nossa limitada compreensão humana, a tendência é, quase sempre, duvidar.
Mas, isto, nada tem a ver com a prudência de que o Senhor fala.
Não poucas vezes confunde-se esta, que é uma virtude necessária, com o cepticismo, um defeito a evitar.
Por isso mesmo, Cristo fala em 'pequeninos' e não menciona 'crianças' como faz em tantas outras vezes. Estes pequeninos são os simples, os que têm o espírito e, sobretudo, o coração, abertos e disponíveis para aceitar o que lhes vem dos que têm autoridade reconhecida.
Poderemos, às vezes, não compreender os caminhos por onde segue e se manifesta a vontade de Deus, mas nem por isso não nos refugiamos nessa dificuldade para rejeitar, duvidando, o que nos diz o Papa e o Magistério.
Mais... Seguindo estes mais facilmente estaremos alerta contra os 'falsos profetas' e os 'lobos disfarçados de cordeiro' que o demónio constantemente nos lança ao caminho.

(AMA, comentário, Mt 11, 25-30, Carvide, 2012.07.18)

Senhor, eu bem sei que disseste: o Meu jugo é suave, e a Minha carga é leve, mas às vezes… não parece nem leve nem suave.
Como se houvesse um desafio que me é feito para ver até quanto “aguento”.
E, na verdade, para minha surpresa, aguento mesmo!
Então, quando me dou conta disto, mais se arreiga a minha convicção que, Tu, sabes mais e que tudo é para bem.
Mas, vê lá, Senhor, não me largues da Tua mão – nunca – porque me perco e soçobro.
(ama, meditação sobre Mt 11, 25-30, 2009.07.27)
Falemos então de “jugo”, essa “coleira” que antigamente os dominadores colocavam em volta do pescoço dos dominados e com que os sujeitavam e obrigavam a ir por onde não desejavam. Falemos de “jugo” com que o vício e a sensualidade condicionam o homem. Sim, falemos de “jugo” porque em toda a nossa vida inúmeros “jugos” nos mantêm presos a tantas coisas que, se verificar-mos bem, não nos interessam para nada não só porque elas próprias são passageiras mas também porque o bem que nos pode vir delas é efémero.
Mas existe, acaso, um “jugo”, sinónimo de submissão, distintivo do escravo, aceitável?
Sim, existe... este que o Senhor nos oferece, o Seu jugo! Compreende-se porquê: ficamos presos por um laço de amor, que não domina mas sugere, que não compele mas inspira, que não obriga mas amavelmente indica.
Então... bem abençoado jugo! A ele me quero submeter com toda a minha vontade e potências já que, sinto, com este jugo, estarei a salvo dos outros “jugos” que querem dominar e condicionar a minha vida.
E, na verdade, esta vida não é minha, é do Senhor deste «jugo suave» que traz «descanso para as nossas almas».

(ama, meditação sobre Mt 11, 25-30, 2009.12.07)

Como pode alguém submeter-se - assim - aceitando um jugo mesmo que seja suave?
Eu, posso, mais... Eu quero e desejo ardentemente submeter-me a ele.
Entregue a mim mesmo, seguindo opções exclusivas, traçando o meu próprio caminho, estou certo, andarei perdido, sem norte e todo o bem que eventualmente faça ficará abafado pelo muito bem que deixarei de fazer.
Portanto, Senhor, aceito, peço o Teu jugo porque ele é, para mim, garantia de salvação. E, então, poderei exclamar tranquila e propriamente: Dominus iluminatio mea et salus mea, quem timebo?

(ama, meditação sobre Mt 11, 25-30, 2010.07.15)

Podemos interpretar estas palavras de Jesus como, de algum modo, figurativas.
O Senhor certamente que se referia ao estado de espírito e não à posição social.
Os "pequeninos" que Jesus refere são os humildes de coração, os que estão disponíveis e, mais, desejosos de conhecer a Palavra para a poderem pôr em prática.
Os sábios e aos prudentes, serão os que fazem demasiadas contas a ver se vale a pena, se têm algo a ganhar ou, pelo contrário, vão encontrar maçadas e enfrentar-se com desafios; têm o seu tempo - pensam que o tempo lhes pertence - espartilhado entre muitíssimas coisas que têm como importantes, imprescindíveis e, assim, não encontram o tempo necessário para ouvir os desafios, as propostas de Jesus.
Não ouvindo, ficam sem saber e, não sabendo, as coisas de Deus passam-lhes ao lado, não fazem parte das suas vidas.

(ama, comentário sobre Mt 11, 25-27, 2010.07.14)

Como devemos confiar no Sagrado Coração de Jesus! O Coração de quem deu a vida por nós, nos redimiu com o Seu Sangue, nos converteu em filhos de Deus, herdeiros da Vida Eterna.
Confiar no Seu Coração amantíssimo, meditar nas inexcedíveis qualidades do mesmo Coração: Simplicidade, Amor, Doação, Desprendimento…
Sagrado Coração de Jesus, eu tenho confiança em Vós: Esta jaculatória, antiquíssima, ajudar-nos-á a tranquilizar o nosso espírito, a encontrar a calma e a paz que precisamos para a nossa vida de todos os dias.

(AMA, comentário, Mt 11, 25-30, Porto, Maio 2008)  

De facto, só é possível conhecer Cristo e acreditar nele com a humildade e a simplicidade dos humildes. Quem pensa que, a sua sabedoria, inteligência e ilustração são suficientes para compreender a mensagem do Evangelho engana-se redondamente. Os olhos dos simples lêem com facilidade as palavras da Vida. O espírito aberto e solícito apreende com facilidade as verdades que Jesus quer revelar. A inteligência serena e sem preconceitos apreende a doutrina de Cristo. O resto… é fruto da Fé que Deus dá aos que lha pedem com humildade e confiança.
(ama, comentário sobre Mt 11, 25-27, 2009.04.02)
Todas as dificuldades, desgostos, dúvidas e interrogações que nos surgem no dia-a-dia e que, não poucas vezes, nos deixam surpreendidos e atónitos, sem compreender e sem saber o que fazer encontram resposta neste trecho do Evangelho de São Mateus. De facto, Nosso Senhor, padeceu e morreu exactamente para nos libertar desse jugo duro e por vezes difícil de levar que todos, de uma forma ou outra, vamos encontrando. Jugo que nos condiciona a vontade, nos coarcta nos nossos desejos de melhoria, parece, por vezes, que nos impede de crescer, de subir. Jugo, que é, como jugo, uma prisão, um impedimento à nossa liberdade que tanto prezamos e que nos é indispensável para viver como sabemos que devemos viver.
Ele promete-nos que o Seu jugo é suave e, pode fazê-lo não só porque é Deus Todo-poderoso mas, também, porque o jugo do pecado – das consequências do pecado – humano, o levou Ele a caminho da Cruz.
Isto deveria bastar-nos para alcançar-mos a tranquilidade que por vezes perdemos. Não tenhamos medo de colocar sobre os Seus ombros, chagados pelo peso do madeiro da Cruz tudo quanto nos aflige porque, Ele próprio Se ofereceu para tal. Aceitemos a Sua oferta de digamos-lhe com fé: Senhor: ajuda-me que, eu, não posso.
(AMA, comentário Mt 11, 25-30, Julho 2008)
Nesta tarde de Sábado, dei por mim num diálogo aceso, impulsivo. Um diálogo comigo mesmo! Estranha coisa! Parece-me uma perda de tempo, porque, na verdade, não se trata de um diálogo no verdadeiro sentido do termo mas de um monólogo. Desta ‘discussão’ será difícil surgir um vencedor. Que um prevaleça sobre o outro parece-me quase impossível já que conheço em detalhe os argumentos de cada uma das partes. Pensando um pouco melhor… resolvi continuar. Perda de tempo? Não… talvez conseguisse arranjar algo que justificasse este envolvimento em coisa tão singular.
Argumentei muito com a vida, as incidências do dia-a-dia, daquilo que acontece contra todas as previsões, as dificuldades, os problemas, os entusiasmos e sonhos caídos por terra, a conclusão, por vezes triste, de uma condição humana nada agradável.
Não entendo como é possível este ‘encarniçamento’ divino contra mim. O que é que Deus pretende? Levar-me ao limite das minhas forças, da minha compreensão, da minha capacidade de aceitar? Porque, na verdade, parece-me que é isto que tem acontecido e, pior, parece-me que é isto que vai continuar a acontecer só que, piorando e muito as coisas.
É possível Deus ter-se enganado a meu respeito, achar que eu sou capaz, que aguento, que ‘convenho’ realmente aos Seus planos, sejam eles quais forem? Que qualidades terá encontrado – qualidades que eu não descubro – para Se ‘arriscar’ em tal aventura?
Dei comigo a pensar na vida e na morte e, chego à conclusão que tenho mais medo da vida que da morte. Aliás, da morte não tenho medo nenhum e, até, penso nela com frequência, não a desejando mas… quase. Seria coisa cómoda, como disse S. Josemaria e, isso, é o suficiente para que Deus a não queira, ainda, para mim.
Começo a desenhar o percurso de há mais ou menos doze anos para cá e descubro, atónito, como que um plano muito bem delineado para me levar onde estou agora. As promessas que não foram cumpridas por parte de pessoas em quem acreditei cegamente, as expectativas goradas dia após dia, mês após mês, os enganos, embustes, adiamentos o fazer de conta.
E… eu? O que fiz? Sou uma vítima pura e simples?
Claro que sou uma vítima mas de mim próprio. Não ter visto a realidade da vida, querer ser alguém que nunca poderia ser, a vaidade, o orgulho, o protagonismo sempre desejado, o ‘atordoamento’ com fortunas passageiras, o malbaratar a vida, as oportunidades, os ensejos.
‘Atiro’ sempre para os lados quando o alvo está aqui, neste metro e oitenta e tal de carne e ossos que por vezes se esquece que é bastante mais que isso: Uma imagem, concreta, real, verdadeira do Deus Criador e Senhor de todas as coisas!
Fui e sou, ‘o carpinteiro da minha cruz’ (cf. s. filipe de néri, Máximas).
De facto, não precisei de ajuda de ninguém, fiz tudo sozinho com aplicação e esmero tais que, agora, nada mais me resta que pedir a Deus que a leve por mim que, eu, não posso!

(ama, meditação sobre o “jugo”, 2008.01.18)

A falsa prudência de muitos leva-os, infelizmente, a desprezar as verdades mais elementares da fé.
Precisam de “provas”, testemunhos, garantias e, com esta atitude põem em risco a sua salvação.
Porquê?
Porque ninguém ama o que não conhece e como conhecerão Deus os que constantemente levantam entraves à Sua doutrina aos Seus ensinamentos?
Pelo contrário, as pessoas simples estão, assim, de coração aberto e disponível para ouvir e, ouvindo, entenderem imediatamente o bem que o Senhor quer dos homens e para os homens: que compreendam e aceitem a Sua doutrina e a Sua palavra.

(ama, meditação sobre Mt 11, 25-27, 2011.06.16)

São bem conhecidos os que aceitaram esse Teu suave jugo: são os santos que veneramos, que queremos imitar. É bem verdade: a Tua carga é leve porque dás a força necessária para a suportar e o Teu jugo é suave porque não sujeita nem obriga, é antes guia e segurança para o caminho.

(ama, comentário sobre Mt 11, 25-27, 2010.11.02)

Um jugo suave e uma carga leve!
Sim, é bem verdade, sobretudo se o comparamos com os jugos deste mundo, as prisões, os condicionamentos, as sujeições aos hábitos, vícios e pecados... o jugo que temos de suportar nesta vida tão cheia de problemas, dificuldades, obstáculos.
Sim, comparados com este, o jugo e a carga de Cristo são bem mais suaves e levadeiros.
Cumprir a Sua Vontade não pode ser nunca um sacrifício, um peso é, bem ao contrário, contentamento e vitória.
(Comentário sobre Mt 11, 25-27, 20011.06.04)
Quem são estes "prudentes" que o Senhor menciona?
A prudência não é uma virtude e um Dom do Espírito Santo?
Jesus refere-se à falsa prudência que se caracteriza por um excessivo cuidado na aceitação das verdades da Fé.
Os que vão pela vida interrogando constantemente, levantando dúvidas, pedindo confirmações acabam por ficar no desconhecimento das verdades mais elementares.
Uma coisa é ser prudente nas atitudes e disposições, outra é o zelo excessivo ou obcecado pela minúcia e o detalhe.

(AMA, comentário, Mt 11, 25-30, 2011.07.01)

Pode parecer-nos que , nós, somos destes ‘pequeninos’ que o Senhor refere, dada a quantidade enorme de conhecimentos que , de facto, possuímos sobre as coisas de Deus.
Sim, é verdade, sabemos muito, muitíssimo mas, o que ignoramos é infinitamente mais.
O que sabemos, é fruto da nossa disponibilidade e humildade para escutar o que, outros, em nome de Cristo, nos vêm transmitindo por escrito ou de viva voz, ao longo da vida.
E, evidentemente, se mais disponíveis e humildes fôramos, muito mais conheceríamos.
Mas porque é tão importante saber?
Em primeiro lugar para conhecer melhor Deus e, depois, transmitir a outros esse conhecimento levando-os, assim, até Deus Nosso Senhor, a estreitar as relações com Ele.


(ama, Comentário sobre Mt 11, 25-27, 20011.12.07) 

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