Não
nos deve sobrar o tempo. Nem um segundo. E não exagero! Trabalho há sempre. O
mundo é grande e são milhões as almas que não ouviram ainda falar claramente da
doutrina de Cristo. Dirijo-me a cada um de vós. Se te sobra tempo, medita um
pouco: é muito possível que vivas no meio da tibieza, ou que,
sobrenaturalmente, sejas um paralítico. Não te mexes, estás parado, estéril,
sem realizar todo o bem que deverias comunicar aos que se encontram a teu lado,
no teu ambiente, no teu trabalho, na tua família.
Pensemos
na nossa vida com valentia. Por que é que às vezes não conseguimos os minutos
de que precisamos para terminar amorosamente o trabalho que nos diz respeito e
que é o meio da nossa santificação? Por que descuidamos as obrigações
familiares? Por que é que se nos mete a precipitação no momento de rezar ou de
assistir ao Santo Sacrifício da Missa? Por que nos faltará a serenidade e a
calma para cumprir os deveres do nosso estado e nos entretemos sem qualquer
pressa nos caprichos pessoais? Podeis responder-me: são coisas pequenas. Sim,
com efeito, mas essas coisas pequenas são o azeite, o nosso azeite, que mantém
viva a chama e acesa a luz. (Amigos de Deus, 41–42).
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