Tempo comum
XXXIII Semana |
11 Estando eles a
ouvir estas coisas, Jesus acrescentou uma parábola, por estar perto de
Jerusalém e porque julgavam que o reino de Deus se havia de manifestar em
breve. 12 Disse pois: «Um homem nobre foi para um país distante
tomar posse de um reino, para depois voltar. 13 Chamando dez dos
seus servos, deu-lhes dez minas, e disse-lhes: Negociai com elas até eu voltar.
14 Mas os seus concidadãos aborreciam-no e enviaram atrás dele
deputados encarregados de dizer: Não queremos que este reine sobre nós. 15
«Quando ele voltou, depois de ter tomado posse do reino, mandou chamar aqueles
servos a quem dera o dinheiro, a fim de saber quanto tinha lucrado cada um. 16
Veio o primeiro e disse: Senhor, a tua mina rendeu dez minas. 17 Ele
disse-lhe: Está bem, servo bom; porque foste fiel no pouco, serás governador de
dez cidades. 18 Veio o segundo e disse: Senhor, a tua mina rendeu
cinco minas. 19 Respondeu-lhe: Sê tu também governador de cinco
cidades. 20 Veio depois o outro e disse: Senhor, eis a tua mina que
guardei embrulhada num lenço, 21 porque tive medo de ti, que és um
homem austero, que tiras donde não puseste e recolhes o que não semeaste. 22
Disse-lhe o senhor: Servo mau, pela tua mesma boca te julgo. Sabias que eu sou
um homem austero, que tiro donde não pus e recolho o que não semeei; 23
então, porque não puseste o meu dinheiro num banco, para que, quando eu viesse,
o recebesse com os juros? 24 Depois disse aos que estavam presentes:
Tirai-lhe a mina, e dai-a ao que tem dez. 25 Eles responderam-lhe:
Senhor, ele já tem dez. 26 Pois eu vos digo que àquele que tiver, se
lhe dará; mas àquele que não tem, ainda mesmo o que tem lhe será tirado. 27
Quanto, porém, àqueles meus inimigos, que não quiseram que eu fosse seu rei,
trazei-os aqui e degolai-os na minha presença!». 28 Dito isto, ia
Jesus adiante, subindo para Jerusalém.
Comentário:
O suor e a fadiga, que o
trabalho comporta necessariamente na presente condição da humanidade,
proporcionam aos cristãos e a todo o homem, dado que todos são chamados para
seguir a Cristo, a possibilidade de participar no amor à obra que o mesmo
Cristo veio realizar. Esta obra de salvação foi realizada por meio do
sofrimento e da morte de cruz. Suportando o que há de penoso no trabalho em
união com Cristo crucificado por nós, o homem colabora, de algum modo, com o
Filho de Deus na redenção da humanidade. Mostrar-se-á como verdadeiro discípulo
de Jesus, levando também ele a cruz de cada dia nas actividades que é chamado a
realizar.
Cristo, «suportando a morte
por todos nós, pecadores, ensina-nos com o seu exemplo ser necessário que
também nós levemos a cruz que a carne e o mundo fazem pesar sobre os ombros
daqueles que buscam a paz e a justiça»; ao mesmo tempo, porém, «constituído
Senhor pela sua Ressurreição, Ele, Cristo, a quem foi dado todo o poder no céu
e na terra, opera já pela virtude do Espírito Santo, nos corações dos homens...
purificando e robustecendo aquelas generosas aspirações que levam a família dos
homens a tentar tornar a sua vida mais humana e a submeter para esse fim toda a
terra»
(beato joão paulo ii, Encíclica
Laborem exercens, 27)
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