Procuremos
fomentar no fundo do coração um desejo ardente, um empenho grande por alcançar
a santidade, apesar de nos vermos cheios de misérias. Não se assustem; à medida
que se avança na vida interior, conhecem-se com mais clareza os defeitos
pessoais. O que acontece é que a ajuda da graça se transforma como que numa
lente de aumentar e o mais pequeno cotão, o grãozinho de areia quase
imperceptível aparecem com dimensões gigantescas, porque a alma adquire a
finura divina e até a sombra mais pequena incomoda a consciência, que só gosta
da limpeza de Deus. Diz-lhe agora, do fundo do coração: Senhor, a sério que
quero ser santo, a sério que quero ser um teu discípulo digno e seguir-te sem
condições. E depois, hás-de propor a ti próprio a intenção de renovar
diariamente os grandes ideais que te animam nestes momentos. (Amigos
de Deus, 20)
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