14/09/2013

Evangelho do dia e comentário

Tempo comum
XXIII Semana

Exaltação da Santa Cruz
Evangelho: Jo 3, 13-17

13 Ninguém subiu ao céu, senão Aquele que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no céu. 14 E como Moisés levantou no deserto a serpente, assim também importa que seja levantado o Filho do Homem, 15 a fim de que todo o que crê n'Ele tenha a vida eterna. 16 «Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu Seu Filho Unigénito, para que todo aquele que crê n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Porque Deus não enviou Seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.

Comentário:

O mistério da Cruz permanece como charneira da história humana, como marco e símbolo da salvação e redenção dos homens.

(…) O meu Senhor, é estendido sobre o madeiro que transportou sobre os ombros em chaga.

As pancadas do martelo soam, cavas e terríveis, no coração de quantos as ouvem, diariamente, desde há dois mil anos.

Debruçam-se curiosos, alguns dos que, desde a casa de Pilatos, Te seguiram pela Via Dolorosa.

Esperam em vão um queixume, um gesto de revolta, ou talvez, uma súbita reacção do homem que ainda há poucos dias, sabiam-no, imperava aos ventos e às tempestades ou alimentava multidões com uns poucos de pães e alguns peixes.

O Senhor, abre gentilmente os braços ao madeiro que O espera.
Todo o Seu corpo estremece quando os grossos pregos Lhe trespassam a carne, mas, da Sua boca, não sai um lamento.

E o meu Senhor ali fica; todo o Seu Corpo distendido, preso pelos cravos dos pulsos e dos pés, de braços abertos entre o Céu e a Terra.

Todos têm de O ver, de todos atrai o olhar.[1] (…)

A Cruz, a Santa Cruz, permanecerá até ao final dos tempos como esse sinal espantoso da imensidão da Misericórdia Infinita de Deus Nosso Senhor.

(ama, comentário sobre Jo 3, 13-17, 2013.07.02)




[1] Cfr. Jo 12,32, Et ego, si exaltatus fuero a terra, omnia traham ad meipsum

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