Tempo comum XVIII Semana |
Evangelho: Lc 12, 13-21
13 Então disse-Lhe
alguém da multidão: «Mestre, diz a meu irmão que me dê a minha parte da
herança». 14 Jesus respondeu-lhe: «Meu amigo, quem Me constituiu
juiz ou árbitro entre vós?». 15 Depois disse-lhes: «Guardai-vos
cuidadosamente de toda a avareza, porque a vida de cada um, ainda que esteja na
abundância, não depende dos bens que possui». 16 Sobre isto
propôs-lhes esta parábola: «Os campos de um homem rico tinham dado abundantes
frutos. 17 Ele andava a discorrer consigo: Que farei, pois não tenho
onde recolher os meus frutos? 18 Depois disse: Farei isto: Demolirei
os meus celeiros, fá-los-ei maiores e neles recolherei o meu trigo e os meus
bens, 19 e direi à minha alma: Ó alma, tu tens muitos bens em
depósito para largos anos; descansa, come, bebe, regala-te. 20 Mas
Deus disse-lhe: Néscio, esta noite virão demandar-te a tua alma; e as coisas
que juntaste, para quem serão? 21 Assim é o que entesoura para si e
não é rico perante Deus».
Comentário:
Neste dia 4 de Agosto em
que a Igreja celebra a memória de S. João Maria Vianney – o Santo Cura d’Ars –
este trecho do evangelho de S. Lucas não poderia ser mais apropriado. Com
efeito, este Santo sacerdote foi uma pessoa tão humilde e desprendida que
parece um ‘milagre’ que tenha obtido, ainda em vida, uma fama e um prestígio
tão notáveis.
É o paradigma do
verdadeiro sacerdote de Cristo, entregue de alma e coração ao seu múnus
pastoral, sobretudo na administração do Sacramento da Reconciliação, alcançou a
santidade exactamente pelo seu trabalho, discreto, perseverante, humilde, sem
‘pompa nem circunstância’, numa pequena povoação sem destaque nem glória.
Este homem aos pés de quem se ajoelharam milhares de pessoas de todas as condições sociais, deixou como espólio, uma simples batina, algumas discretas peças de roupa, e alguns – poucos – livros de espiritualidade. Mas, o seu verdadeiro e real legado foi o exemplo de santidade, a conversão de tantas almas e um testemunho de amor entranhado a Jesus Cristo.
Como se aplica a parábola:
Não entesourando nada para si, aqui na terra, é riquíssimo perante Deus!
(ama, comentário sobre Lc 12, 13-21, 2013.06.13)
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