TEMA 32. O segundo e o terceiro mandamentos do Decálogo
1. O segundo mandamento 2
1.2. Honrar o nome de Deus
No
Pai Nosso rezamos: «Santificado seja o Vosso nome». O termo “santificar” deve
entender-se aqui no sentido de reconhecer o nome de Deus «como santo, tratar de
um modo santo» (Catecismo, 2807). É o que fazemos quando adoramos,
louvamos ou damos graças a Deus. Mas as palavras «santificado seja o Vosso
nome» são também uma das petições do Pai Nosso: ao pronunciá-las pedimos que o
seu nome seja santificado através de nós, quer dizer, que Lhe demos glória com
a nossa vida e que os outros O glorifiquem (cf. Mt 5,16). «Depende
inseparavelmente da nossa vida e da nossa oração que o seu nome seja
santificado entre as nações» (Catecismo, 2814).
O
respeito pelo nome de Deus reclama igualmente o respeito pelo nome de Nossa
Senhora, a Virgem Santa Maria, dos Santos e das realidades santas nas quais
Deus está presente de um ou de outro modo, sobretudo na Sagrada Eucaristia,
verdadeira Presença de Jesus, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, entre os
homens.
O
segundo mandamento proíbe qualquer uso inconveniente do nome de Deus (cf.
Catecismo, 2146), particularmente a blasfémia que «consiste em proferir
contra Deus – interior ou exteriormente – palavras de ódio, de censura, de
desafio (…). É também blasfematório recorrer ao nome de Deus para justificar
práticas criminosas, reduzir povos à escravidão, torturar ou condenar à morte
(…). A blasfémia é, em si mesma, pecado grave» (Catecismo, 2148).
Proíbe-se
também o juramento falso (cf. Catecismo, 2150). Jurar é colocar Deus
como testemunha do que se afirma (por exemplo, para dar a garantia de uma
promessa ou de um testemunho, para provar a inocência de uma pessoa
injustamente acusada ou exposta a suspeita, ou para acabar com pleitos e
controvérsias, etc.). Há circunstâncias em que é lícito o juramento, se é feito
com verdade e justiça, e se é necessário, como pode acontecer num julgamento ou
ao assumir um cargo (cf. Catecismo, 2154). Noutros casos, o Senhor
ensina-nos a não jurar: «Seja este o vosso modo de falar: Sim, sim; não, não» (Mt
5,37; cf. Tg 5,12; Catecismo, 2153).
javier lópez
Bibliografia básica:
Segundo
mandamento: Catecismo da Igreja Católica, 203-213; 2142-2195.
Terceiro
mandamento: Catecismo da Igreja Católica, 2168-2188; João Paulo II, Carta Ap.
Dies Domini, 31-V-1998.
Bento
XVI-Joseph Ratzinger, Jesus de Nazaré, A Esfera dos Livros, Lisboa 2007, pp.
189-193 (cap. V, 2).
Leituras
recomendadas:
S.
Josemaria, Homilia «A intimidade com Deus», em Amigos de Deus, 142-153.
(Resumos da Fé cristã: © 2013,
Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
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