TEMA 19. A Eucaristia (I)
1. Natureza sacramental da
Santíssima Eucaristia 3
1.3. A Eucaristia na ordem
sacramental da Igreja
«O
amor da Trindade pelos homens faz com que, da presença de Cristo na Eucaristia,
nasçam para a Igreja e para a humanidade todas as graças» 3. A
Eucaristia é o sacramento mais excelso, porque nele «está contido todo o
tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o pão
vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora
pelo Espírito Santo» 4. Os outros sacramentos, embora possuam uma
virtude santificadora que provém de Cristo, não são como a Eucaristia, que
torna verdadeiramente presente, real e substancialmente a própria Pessoa de
Cristo – o Filho encarnado e glorificado do Pai Eterno –, com a potência
salvífica do seu amor redentor, para que os homens possam entrar em comunhão
com Ele e vivam por Ele e n’Ele (cf. Jo 6, 56, 57).
Além
disso, a Eucaristia constitui o cume para o qual convergem todos os outros
sacramentos em ordem ao crescimento espiritual de cada um dos crentes e de toda
a Igreja. Neste sentido, o Concílio Vaticano II afirma que a Eucaristia é
«fonte e centro de toda a vida cristã», o centro da vida da Igreja 5.
Todos os outros sacramentos e todas as obras da Igreja ordenam-se à Eucaristia
porque o seu fim é conduzir os fiéis à união com Cristo, presente neste
sacramento (cf. Catecismo, 1324).
Embora
contenha Cristo, fonte através da qual a vida divina chega à humanidade, e
ainda sendo o fim para o qual se ordenam os outros sacramentos, a Eucaristia
não substitui nenhum deles (nem o Baptismo, nem a Confirmação, nem a
Penitência, nem a Unção dos Doentes), e só pode ser consagrada por um ministro
validamente ordenado. Cada sacramento tem o sue papel no conjunto sacramental e
na vida da própria Igreja. Neste sentido, a Eucaristia considera-se o terceiro
sacramento da iniciação cristã. Desde os primeiros séculos do cristianismo que
o Baptismo e a Confirmação foram considerados como preparação para a
participação na Eucaristia, como disposições para se poder entrar em comunhão
sacramental com o Corpo de Cristo e o seu sacrifício, e para inserir-se mais
vitalmente no mistério de Cristo e da sua Igreja.
ángel garcia
ibáñez
Bibliografia Básica:
Catecismo da Igreja Católica,
1322-1355.
João Paulo II II, Enc. Ecclesia de
Eucharistia, 17-IV-2003, nn. 11-20; 47-52.
Bento XVI, Ex. ap. Sacramentum Caritatis,
22-II-2007, nn. 6-13; 16-29; 34-65.
Congregação para o Culto Divino e a
disciplina dos Sacramentos, Instrução Redemptionis Sacramentum, 25-III-2004,
nn. 48-79.
(Resumos da Fé cristã: © 2013,
Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
_____________________________
Notas:
3
S. Josemaria, Cristo que Passa, 86.
4
Concílio Vaticano II, Presbyterorum Ordinis, 5.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.