Que
a tua vida não seja uma vida estéril. – Sê útil. – Deixa rasto. – Ilumina, com
o resplendor da tua fé e do teu amor. Apaga, com a tua vida de apóstolo, o
rasto viscoso e sujo que deixaram os semeadores impuros do ódio. – E incendeia
todos os caminhos da Terra com o fogo de Cristo que levas no coração. (Caminho,
1)
Se
cedesses à tentação de perguntar a ti mesmo: quem me manda a mim meter-me
nisto?, teria de responder-te: manda-to, pede-to o próprio Cristo. A messe é
grande e os operários são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da messe que mande
operários para a sua messe. Não digas, comodamente: eu para isto não sirvo;
para isto já há outros; não estou feito para isto... Não. Para isto não há
outros. Se tu pudesses falar assim, todos podiam dizer a mesma coisa. O pedido
de Cristo dirige-se a todos e cada um dos cristãos. Ninguém está dispensado:
nem por razões de idade, nem de saúde, nem de ocupação. Não há desculpas de
nenhum género. Ou produzimos frutos de apostolado ou a nossa fé será estéril.
Além
disso, quem disse que para falar de Cristo, para difundir a sua doutrina, era
preciso fazer coisas especiais, fora do comum? Faz a tua vida normal; trabalha
onde estás a trabalhar, procurando cumprir os deveres do teu estado, acabar bem
o que é próprio da tua profissão ou do teu ofício, superando-te, melhorando-te
dia-a-dia. Sê leal, compreensivo com os outros e exigente contigo mesmo. Sê
mortificado e alegre. Será esse o teu apostolado. E, sem saberes porquê, tendo
perfeita consciência das tuas misérias, os que te rodeiam virão ter contigo e,
numa conversa natural, simples – à saída do trabalho, numa reunião familiar, no
autocarro, ao dar um passeio, em qualquer parte – falareis de inquietações que
em todas as almas existem, embora às vezes alguns não queiram dar por isso. Mas
cada vez as perceberão melhor, desde que comecem a procurar Deus a sério. (Amigos
de Deus, 272–273)
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