5.
A Idade Contemporânea (a partir de 1789)
A Revolução Francesa, que
começou com o decisivo contributo do baixo clero, derivou rapidamente para
atitudes de galicanismo extremo, chegando a produzir o cisma da Igreja
Constitucional, e assumindo a seguir, tonalidades claramente anticristãs (instauração
do culto ao Ente Supremo, abolição do calendário cristão, etc.), até chegar a
uma cruenta perseguição da Igreja (1791-1801): o papa Pio VI morreu em 1799
prisioneiro dos revolucionários franceses. A subida ao poder de Napoleão
Bonaparte, homem pragmático, trouxe a paz religiosa com a Concordata de 1801;
mais adiante, no entanto, surgiram desavenças com Pio VII pelas intromissões
contínuas do governo francês na vida da Igreja; como resultado disso, o Papa
foi feito prisioneiro por Bonaparte, aproximadamente, durante cinco anos.
Com a restauração das
monarquias pré-revolucionárias (1815), regressou para a Igreja um período de
paz e tranquilidade, favorecido também pelo romanticismo, corrente de
pensamento predominante na primeira metade do séc. XIX. No entanto, depressa se
delineou uma nova ideologia profundamente oposta ao catolicismo: o liberalismo,
herdeiro dos ideais da Revolução Francesa que, pouco a pouco, conseguiu
afirmar-se politicamente, promovendo a instauração de legislações discriminatórias
ou persecutórias contra a Igreja. O liberalismo uniu-se em muitos países ao
nacionalismo e, mais tarde, na segunda metade do século, aliou-se ao
imperialismo e ao positivismo, que contribuíram ulteriormente para a
descristianização da sociedade. Simultaneamente, como reacção às injustiças
sociais provocadas pelas legislações liberais, nasciam e difundiam-se várias
ideologias com o objectivo de se fazerem porta-vozes das aspirações das classes
oprimidas pelo novo sistema económico: o socialismo utópico, o socialismo
“científico”, o comunismo, o anarquismo, todas elas unidas por projectos de
revolução social e uma filosofia subjacente de tipo materialista.
carlo
pioppi
Bibliografia básica
J. Orlandis, História
Breve do Cristianismo, Rei dos Livros, 1993.
M. Clemente, A Igreja no
tempo, Grifo, 2000.
A. Torresani, Breve storia
della Chiesa, Ares, Milano 1989.
(Resumos
da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.