1.
A comunhão dos Santos
A Igreja é communio
sanctorum, comunhão dos santos, ou seja, comunidade de todos os que receberam a
graça regeneradora do Espírito, pela qual são filhos de Deus, unidos a Cristo e
chamados santos. Uns caminham ainda nesta terra, outros morreram e purificam-se
também com a ajuda das nossas preces. Outros gozam já da visão de Deus e
intercedem por nós. A comunhão dos santos também significa que todos os
cristãos têm em comum os dons santos, em cujo centro está a Eucaristia, todos
os outros sacramentos que a ela se ordenam e todos os outros dons e carismas (cf.
Catecismo, 950).
Pela comunhão dos santos,
os méritos de Cristo e de todos os santos que nos precederam na terra
ajudam-nos na missão que o próprio Senhor nos pede para realizar na Igreja. Os
santos que estão no Céu não assistem com indiferença à vida da Igreja
peregrina; impulsionam-nos com a sua intercessão diante do Trono de Deus, e
aguardam que a plenitude da comunhão dos santos se realize com a segunda vinda
do Senhor, o juízo e a ressurreição dos corpos. A vida concreta da Igreja
peregrina e de cada um dos seus membros, a fidelidade de cada baptizado tem
grande importância para a realização da missão da Igreja, para a purificação de
muitas almas e para a conversão de outras 1.
A comunhão dos santos está
organicamente estruturada na terra, porque Cristo e o Espírito a fizeram, e
fazem, sacramento da Salvação, quer dizer, meio e sinal pelo qual Deus oferece
a Salvação à humanidade. No seu caminhar terreno, a Igreja também se estrutura
externamente na comunhão das Igrejas particulares, formadas à imagem da Igreja
universal e presididas, cada uma pelo seu próprio bispo; nessas igrejas
particulares dá-se uma comunhão peculiar entre os fiéis, com os seus
padroeiros, os seus fundadores e os seus santos principais. De modo idêntico se
dá esta comunhão noutras realidades eclesiais.
Também estamos em certa
comunhão de orações e outros benefícios espirituais com os cristãos que não
pertencem à Igreja Católica, há inclusive certa união no Espírito Santo 2.
miguel
de salis amaral
Bibliografia básica
Catecismo da Igreja
Católica, 976-987.
Compêndio do Catecismo da
Igreja Católica, 200-201.
(Resumos da Fé cristã: ©
2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
_________________
Notas:
[1]
«Não te esqueças: muitas coisas grandes dependem de que tu e eu nos portemos
como Deus quer» (São Josemaria, Caminho, 755).
[2]
Cf. Concílio Vaticano II, Const. Lumen Gentium, 15.
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