E,
em Belém, nasce o nosso Deus: Jesus Cristo! Não há lugar na pousada: num
estábulo. – E Sua Mãe envolve-O em paninhos e reclina-O no presépio (Lc 11, 7)
. Frio. – Pobreza. – Sou um escravozito de José. – Que bom é José! Trata-me
como um pai a seu filho. – Até me perdoa, se estreito o Menino entre os meus
braços e fico, horas e horas, a dizer-Lhe coisas doces e ardentes!... E beijo-O
– beija-O tu – e embalo-O e canto para Ele e chamo-Lhe Rei, Amor, meu Deus, meu
Único, meu Tudo!... Que lindo é o Menino... e que curta a dezena! (Santo
Rosário, mistérios gozosos, 3)
Começa
por estar nove meses no seio de sua Mãe, como qualquer outro homem, com extrema
naturalidade. Sabia o Senhor de sobra que a Humanidade padecia de uma urgente
necessidade d'Ele. Tinha, portanto, fome de vir à terra para salvar todas as
almas; mas não precipita o tempo; vem na Sua hora, como chegam ao mundo os
outros homens. Desde a concepção ao nascimento, ninguém, salvo S. José e Santa
Isabel, adverte esta maravilha: Deus veio habitar entre os homens!
O
Natal também está rodeado de uma simplicidade admirável: o Senhor vem sem
aparato, desconhecido de todos. Na Terra, só Maria e José participam na divina
aventura. Depois, os pastores, avisados pelos Anjos. E mais tarde os sábios do
Oriente. Assim acontece o facto transcendente que une o Céu à Terra, Deus ao
homem!
Como
é possível tanta dureza de coração que cheguemos a acostumar-nos a estes
episódios? Deus humilha-Se para que possamos aproximar-nos d'Ele, para que
possamos corresponder ao seu Amor com o nosso amor, para que a nossa liberdade
se renda, não só ante o espectáculo do seu poder, como também ante a maravilha
da sua humildade.
Grandeza
de um Menino que é Deus! O Seu Pai é o Deus que fez os Céus e a Terra, e Ele
ali está, num presépio, quia non erat eis locus in diversorio, porque não havia
outro sítio na Terra para o dono de toda a Criação! (Cristo
que passa, 18)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.