05/01/2013

Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 16


16. Este trabalho não está reservado a pessoas que trabalhem em áreas especialmente qualificadas. De grande eficácia será sempre o apostolado pessoal de cada cristão, no âmbito em que habitualmente decorre a sua existência normal. Por isso, sugiro que nos detenhamos, num exame muito pessoal, sobre como procuramos ajudar as almas para que se aproximem de Deus: que oração, que sacrifícios, quantas horas de trabalho bem acabado oferecemos; que conversas tivemos – oralmente, por escrito – com amigos, parentes, colegas, conhecidos. Contagiemos esta santa preocupação a quem convive connosco, porque a fé na eficácia dos ensinamentos de Cristo nos há de estimular a servir e a querer mais os nossos irmãos e irmãs: ninguém nos pode deixar indiferentes.
O apostolado da inteligência, como digo, é tarefa de todos. Mas, sem perder de vista os numerosos campos em que é urgente uma nova evangelização, hoje é prioritário impregnar com a doutrina de Cristo alguns âmbitos particulares. Basta considerar as tarefas dos governantes, cientistas e investigadores, dos profissionais da opinião pública, etc.; sem esquecer que todos os homens e mulheres experimentam, experimentamos, a necessidade de escutar a voz do Senhor e de segui-la.

«A luta pela alma do mundo contemporâneo é máxima, aí mesmo onde o espírito deste mundo parece mais forte», escreveu o beato João Paulo II, a propósito da existência «de “modernos areópagos”, isto é, de novos púlpitos. Estes areópagos são hoje o mundo da ciência, da cultura, dos meios de comunicação; são os ambientes em que se criam as elites intelectuais, os ambientes dos escritores e dos artistas» [27].

Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Nota: Publicação devidamente autorizada

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Notas:

[27] Beato João Paulo II, Atravessar o Limiar da Esperança, p. 107.

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