16/01/2013

Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 27


CONHECER E PROFESSAR A FÉ

27. Todos os esforços para realizar a nova evangelização, seja no apostolado da inteligência, ou nas áreas prioritárias que acabei de mencionar, devem apoiar-se no fundamento sólido da fé. Sem fé é impossível agradar a Deus (Heb 11, 6), diz-nos a Sagrada Escritura.

Esta virtude teologal, porta da vida cristã, requer a livre adesão do intelecto e conduz à plena fidelidade à Vontade de Deus, que se expressa nas verdades que nos revelou, transmitindo-nos a segurança de que hão de ser aceites pela mesma autoridade do Criador que, como narram as passagens bem claras do Génesis, apenas quis o bem de toda a criação. Por isso, a fé seriamente assumida e praticada, estimula uma confiança contínua, plena, em Deus que nos assegura, ao exercitarmos esse abandono responsável e livre, a participação na sua própria vida divina, que nos foi comunicada com essas verdades como caminho para alcançar a união com o próprio Deus.

«Nesta perspetiva, o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. No mistério da sua morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o Amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados (cfr. Act 5, 31). Para o apóstolo Paulo, este amor introduz o homem numa vida nova: “Pelo Batismo fomos sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova” (Rm 6, 4). Em virtude da fé, esta vida nova plasma toda a existência humana segundo a novidade radical da ressurreição» [45].

Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Nota: Publicação devidamente autorizada

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Notas:

[45] Bento XVI, Carta Apost. Porta fídei, 11-X-2011, n. 6.

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