27. Todos os esforços para realizar a nova evangelização, seja no apostolado da inteligência, ou nas áreas prioritárias que acabei de mencionar, devem apoiar-se no fundamento sólido da fé. Sem fé é impossível agradar a Deus (Heb 11, 6), diz-nos a Sagrada Escritura.
Esta
virtude teologal, porta da vida cristã, requer a livre adesão do intelecto e
conduz à plena fidelidade à Vontade de Deus, que se expressa nas verdades que
nos revelou, transmitindo-nos a segurança de que hão de ser aceites pela mesma
autoridade do Criador que, como narram as passagens bem claras do Génesis,
apenas quis o bem de toda a criação. Por isso, a fé seriamente assumida e
praticada, estimula uma confiança contínua, plena, em Deus que nos assegura, ao
exercitarmos esse abandono responsável e livre, a participação na sua própria
vida divina, que nos foi comunicada com essas verdades como caminho para
alcançar a união com o próprio Deus.
«Nesta
perspetiva, o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao
Senhor, único Salvador do mundo. No mistério da sua morte e ressurreição, Deus
revelou plenamente o Amor que salva e chama os homens à conversão de vida por
meio da remissão dos pecados (cfr. Act 5, 31). Para o apóstolo Paulo, este amor
introduz o homem numa vida nova: “Pelo Batismo fomos sepultados com Ele na
morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela
glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova” (Rm 6, 4). Em virtude da
fé, esta vida nova plasma toda a existência humana segundo a novidade radical
da ressurreição» [45].
Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et
Operis Dei
Nota: Publicação devidamente
autorizada
____________________
Notas:
[45]
Bento XVI, Carta Apost. Porta fídei, 11-X-2011, n. 6.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.