11/01/2013

Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 22


22. Aqui centra-se, centrar-se-á sempre, um ponto de exame diário para os próximos meses. Como é a nossa luta pela santidade? Descemos a detalhes concretos, em sintonia com o que nos sugerem na direcção espiritual pessoal? Recorremos com frequência ao Senhor, implorando uma fina delicadeza de consciência, que nada tem a ver com os escrúpulos, para descobrir pequenas fissuras nos muros da alma, pelas quais o inimigo tenta introduzir-se, tirando também eficácia ao nosso trabalho apostólico? Enche-nos de alegria a possibilidade de encontrar novos pontos de luta, para enfrentá-los decididamente, desportivamente, sustentados pela graça de Deus?
Non enim vocávit nos Deus in immundítiam sed in sanctificatiónem (1 Ts 4, 7). Pois Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade. Ainda que alguns meios de comunicação ou desvios de qualquer natureza pretendam incutir outra coisa, em primeiro lugar com a cumplicidade das nossas tendências desordenadas, a luta pela limpeza de conduta mostra-se sempre atraente, sempre possível; portanto em qualquer circunstância pode-se e deve-se propor este ideal a cada pessoa, mesmo que pareça que se encontra longe deste objectivo. Não existe criatura humana que não procure um refúgio onde proteger-se, neste mar de ondas e tempestades que a nossa época atravessa, e que realmente não é uma situação nova. Os cristãos contamos com a grande ventura e capacidade de transmitir essa segurança, que muitos anseiam talvez sem se darem conta. Sigamos em frente, lutando com alegria nas batalhas do Senhor (cfr. 1 Mac 3, 2), in hoc pulchérrimo caritátis bello, nesta formosíssima luta de caridade, cujo feliz resultado está plenamente assegurado, com a vitória do Senhor, para os que se mantêm fiéis ao seu Amor.

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Nota: Publicação devidamente autorizada

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