22.
Aqui centra-se, centrar-se-á sempre, um ponto de exame diário para os próximos
meses. Como é a nossa luta pela santidade? Descemos a detalhes concretos, em
sintonia com o que nos sugerem na direcção espiritual pessoal? Recorremos com
frequência ao Senhor, implorando uma fina delicadeza de consciência, que nada
tem a ver com os escrúpulos, para descobrir pequenas fissuras nos muros da
alma, pelas quais o inimigo tenta introduzir-se, tirando também eficácia ao
nosso trabalho apostólico? Enche-nos de alegria a possibilidade de encontrar
novos pontos de luta, para enfrentá-los decididamente, desportivamente,
sustentados pela graça de Deus?
Non enim vocávit nos Deus in
immundítiam sed in sanctificatiónem (1 Ts 4, 7). Pois Deus não nos
chamou para a impureza, mas para a santidade. Ainda que alguns meios de
comunicação ou desvios de qualquer natureza pretendam incutir outra coisa, em
primeiro lugar com a cumplicidade das nossas tendências desordenadas, a luta
pela limpeza de conduta mostra-se sempre atraente, sempre possível; portanto em
qualquer circunstância pode-se e deve-se propor este ideal a cada pessoa, mesmo
que pareça que se encontra longe deste objectivo. Não existe criatura humana que
não procure um refúgio onde proteger-se, neste mar de ondas e tempestades que a
nossa época atravessa, e que realmente não é uma situação nova. Os cristãos
contamos com a grande ventura e capacidade de transmitir essa segurança, que
muitos anseiam talvez sem se darem conta. Sigamos em frente, lutando com
alegria nas batalhas do Senhor (cfr. 1 Mac 3, 2), in hoc pulchérrimo caritátis
bello, nesta formosíssima luta de caridade, cujo feliz resultado está
plenamente assegurado, com a vitória do Senhor, para os que se mantêm fiéis ao
seu Amor.
Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et
Operis Dei
Nota: Publicação devidamente
autorizada
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