A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
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Evangelho:
Mt 24, 1-22
1 Tendo saído Jesus do templo, retirava-Se; e
aproximaram-se d'Ele os Seus discípulos, para Lhe fazerem notar as construções
do templo. 2 Mas Ele, respondendo, disse-lhes: «Vedes tudo isto? Em
verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada».
3 Estando sentado sobre o monte das Oliveiras, aproximaram-se d'Ele
Seus discípulos, em particular, e perguntaram: «Diz-nos quando sucederá isto, e
qual será o sinal da Tua vinda e do fim do mundo». 4 Jesus
respondeu-lhes: «Vede que ninguém vos engane. 5 Porque muitos virão
em Meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. 6
Ouvireis falar de guerras e de rumores de guerras. Olhai, não vos assusteis,
porque importa que estas coisas aconteçam, mas ainda não é o fim. 7
Levantar-se-á nação contra nação e reino contra reino, e haverá fomes, pestes e
terramotos em diversas regiões. 8 Todas estas coisas são apenas o
princípio das dores. 9 Então sereis sujeitos aos tormentos e vos
matarão, e sereis odiados de todas as gentes por causa do Meu nome. 10
Então muitos se escandalizarão, se entregarão uns aos outros, e se odiarão. 11
Levantar-se-ão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. 12
Multiplicando-se a iniquidade, se resfriará a caridade de muitos. 13
Mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo. 14 Será pregado
este Evangelho do reino por todo o mundo, em testemunho a todas as gentes; e
então chegará o fim. 15 «Quando, pois, virdes a abominação da
desolação, já anunciada pelo profeta Daniel, instalada no lugar santo - quem lê
entenda -16 então os habitantes da Judeia fujam para os montes, 17
quem estiver no terraço não desça para tomar coisa alguma de sua casa, 18
e quem estiver no campo, não volte atrás para buscar o seu manto. 19
Ai das mulheres grávidas e das que tiverem crianças de peito naqueles dias! 20
Rogai para que a vossa fuga não seja no Inverno ou em dia de sábado, 21
porque então será grande a tribulação, como nunca foi, desde o princípio do
mundo até agora, nem jamais será. 22 «E, se aqueles dias não se
abreviassem, não se salvaria ninguém; porém, aqueles dias serão abreviados em
atenção aos escolhidos.
C. I. C. nr. 249 a 281
A FORMAÇÃO DO DOGMA
TRINITÁRIO
249.
A verdade revelada da Santíssima Trindade esteve, desde a origem, na raiz da fé
viva da Igreja. Principalmente por meio do Baptismo. Encontra a sua expressão
na regra da fé baptismal, formulada na pregação, na catequese e na oração da
Igreja. Tais formulações encontram-se já nos escritos apostólicos, como o
comprova esta saudação retomada na liturgia eucarística: «A graça do Senhor
Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos
vós» (2 Cor 13, 13) (62).
250.
No decurso dos primeiros séculos, a Igreja preocupou-se com formular mais
explicitamente a sua fé trinitária, tanto para aprofundar a sua própria
inteligência da fé, como para a defender contra os erros que a deformavam. Foi
esse o trabalho dos primeiros concílios, ajudados pelo trabalho teológico dos
Padres da Igreja e sustentados pelo sentido da fé do povo cristão.
251.
Para a formulação do dogma da Trindade, a Igreja teve de elaborar uma
terminologia própria, com a ajuda de noções de origem filosófica: «substância»,
«pessoa» ou «hipóstase», «relação», etc. Ao fazer isto, a Igreja não sujeitou a
fé a uma sabedoria humana, mas deu um sentido novo, inédito, a estes termos,
chamados a exprimir também, desde então, um mistério inefável, «transcendendo
infinitamente tudo quanto podemos conceber a nível humano» (63).
252.
A Igreja utiliza o termo «substância» (às vezes também traduzido por «essência»
ou «natureza») para designar o ser divino na sua unidade; o termo «pessoa» ou
«hipóstase» para designar o Pai, o Filho e o Espírito Santo na distinção real
entre Si; e o termo «relação» para designar o facto de que a sua distinção
reside na referência recíproca de uns aos outros.
O DOGMA DA SANTÍSSIMA
TRINDADE
253.
A Trindade é una. Nós não confessamos três deuses, mas um só Deus em três
pessoas: «a Trindade consubstancial» (64). As pessoas divinas não
dividem entre Si a divindade única: cada uma delas é Deus por inteiro: «O Pai é
aquilo mesmo que o Filho, o Filho aquilo mesmo que o Pai, o Pai e o Filho
aquilo mesmo que o Espírito Santo, ou seja, um único Deus por natureza» (65).
«Cada uma das três pessoas é esta realidade, quer dizer, a substância, a
essência ou a natureza divina» (66).
254.
As pessoas divinas são realmente distintas entre Si. «Deus é um só, mas não
solitário» (67). «Pai», «Filho», «Espírito Santo» não são meros
nomes que designam modalidades do ser divino, porque são realmente distintos
entre Si. «Aquele que é o Filho não é o Pai e Aquele que é o Pai não é o Filho,
nem o Espírito Santo é Aquele que é o Pai ou o Filho» (68). São
distintos entre Si pelas suas relações de origem: «O Pai gera, o Filho é
gerado, o Espírito Santo procede» (69). A unidade divina é trina.
255.
As pessoas divinas são relativas umas às outras. Uma vez que não divide a unidade
divina, a distinção real das pessoas entre Si reside unicamente nas relações
que as referenciam umas às outras: «Nos nomes relativos das pessoas, o Pai é
referido ao Filho, o Filho ao Pai, o Espírito Santo a ambos. Quando falamos
destas três pessoas, considerando as relações respectivas, cremos, todavia,
numa só natureza ou substância» (70). Com efeito, «n'Eles tudo é um,
onde não há a oposição da relação» (71). «Por causa desta unidade, o
Pai está todo no Filho e todo no Espírito Santo: o Filho está todo no Pai e
todo no Espírito Santo: o Espírito Santo está todo no Pai e todo no Filho» (72).
256.
São Gregório de Nazianzo, também chamado «o Teólogo», confia aos catecúmenos de
Constantinopla o seguinte resumo da fé trinitária:
«Antes
de mais nada, guardai-me este bom depósito, pelo qual vivo e combato, com o
qual quero morrer, que me dá coragem para suportar todos os males e desprezar
todos os prazeres: refiro-me à profissão de fé no Pai e no Filho e no Espírito
Santo. Eu vo-la confio hoje. É por ela que, daqui a instantes, eu vou
mergulhar-vos na água e dela fazer-vos sair. Eu vo-la dou por companheira e
protectora de toda a vossa vida. Dou-vos uma só Divindade e Potência, uma nos
Três e abrangendo os Três de maneira distinta. Divindade sem diferença de
substância ou natureza, sem grau superior que eleve nem grau inferior que
abaixe [...] É de três infinitos a infinita conaturalidade. Deus integralmente,
cada um considerado em Si mesmo [...] Deus, os Três considerados juntamente [...]
Assim que comecei a pensar na Unidade logo me encontrei envolvido no esplendor
da Trindade. Mal começo a pensar na Trindade, logo à Unidade sou reconduzido» (73).
IV. As obras divinas e as
missões trinitárias
257.
«O lux beata Trinitas et principalis Unitas! – Ó Trindade. Luz ditosa, ó
primordial Unidade!» (74). Deus é eterna bem-aventurança, vida
imortal, luz sem ocaso. Deus é amor: Pai, Filho e Espírito Santo. Livremente.
Deus quer comunicar a glória da sua vida bem-aventurada. Tal é o «mistério da
sua vontade» (Ef 1, 9) que Ele concebeu antes da criação do mundo em seu Filho
muito-amado, uma vez que nos «destinou de antemão a que nos tornássemos seus
filhos adoptivos por Jesus Cristo» (Ef 1, 5), quer dizer, a sermos «conformes à
imagem do seu Filho» (Rm 8, 29), graças ao «Espírito que faz de vós filhos
adoptivos» (Rm 8, 15). Este desígnio é uma «graça que nos foi dada [...] desde
toda a eternidade»(2 Tm 1, 9), a qual procede imediatamente do amor trinitário.
E este amor manifesta-se na obra da criação, em toda a história da salvação
depois da queda, e nas missões do Filho e do Espírito, continuadas pela missão
da Igreja (75).
258.
Toda a economia divina é obra comum das três pessoas divinas. Assim como não
tem senão uma e a mesma natureza, a Trindade não tem senão uma e a mesma
operação (76). «O Pai, o Filho e o Espírito Santo não são três
princípios das criaturas, mas um só princípio» (77). No entanto,
cada pessoa divina realiza a obra comum segundo a sua propriedade pessoal. É
assim que a Igreja confessa, na sequência do Novo Testamento (78),
«um só Deus e Pai, de Quem são todas as coisas; um só Senhor Jesus Cristo, para
Quem são todas as coisas; e um só Espírito Santo, em Quem são todas as coisas» (79).
São sobretudo as missões divinas da Encarnação do Filho e do dom do Espírito
Santo que manifestam as propriedades das pessoas divinas.
259.
Obra ao mesmo tempo comum e pessoal, toda a economia divina faz conhecer não só
a propriedade das pessoas divinas, mas também a sua única natureza. Por isso, toda
a vida cristã é comunhão com cada uma das pessoas divinas, sem de modo algum as
separar. Todo aquele que dá glória ao Pai, fá-lo pelo Filho no Espírito Santo:
todo aquele que segue Cristo, fá-lo porque o Pai o atrai (80) e o
Espírito o move (81).
260.
O fim último de toda a economia divina é o acesso das criaturas à unidade
perfeita da bem-aventurada Trindade (82). Mas já desde agora nós
somos chamados a ser habitados pela Santíssima Trindade: «Quem me tem amor, diz
o Senhor, porá em prática as minhas palavras. Meu Pai amá-lo-á; Nós viremos a
ele e faremos nele a nossa morada» (Jo 14, 23):
«Ó
meu Deus, Trindade que eu adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente de mim,
para me estabelecer em Vós, imóvel e pacifica como se já a minha alma estivesse
na eternidade. Que nada possa perturbar a minha paz, nem fazer-me sair de Vós,
ó meu Imutável, mas que cada minuto me leve mais longe na profundeza do vosso
mistério! Pacificai a minha alma, fazei dela o vosso céu, vossa morada querida
e o lugar do vosso repouso. Que nunca aí eu Vos deixe só, mas que esteja lá
inteiramente, toda desperta na minha fé, toda em adoração, toda entregue à
vossa acção criadora» (83).
Resumindo:
261.
O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã.
Só Deus pode dar-nos o seu conhecimento, revelando-Se como Pai, Filho e
Espírito Santo.
262.
A Encarnação do Filho de Deus revela que Deus é o Pai eterno, e que o Filho é
consubstancial ao Pai, quer dizer que n'Ele e com Ele é o mesmo e único Deus.
263.
A missão do Espírito Santo, enviado pelo Pai em nome do Filho (84) e
pelo Filho «de junto do Pai» (Jo 15, 26), revela que Ele é, com Eles, o mesmo e
único Deus. «Com o Pai e o Filho é adorado e glorificado» (85).
264.
«O Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira; e, pelo dom eterno do
Pai ao Filho, procede do Pai e do Filho em comunhão» (86).
265.
Pela graça do Baptismo «em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo», (Mt 28,
19), somos chamados a participar na vida da Trindade bem-aventurada; para já,
na obscuridade da fé, e depois da morte na luz eterna (87).
266.
«Fides autem catholica haec est, ut unum Deum in Trinitate, et Trinitatem in
unitate veneremur, neque confundentes personas, neque substantiam sepa-raptes;
alia enim est persona Patris, alia Filii, alia Spiritus Sancti: sed Patris et
Filii et Spiritus Sancti una est divinitas, aequalis gloria, coaeterna majestas
(88) – A fé católica é esta: venerarmos um só Deus na Trindade e a
Trindade na unidade, sem confudir as Pessoas nem dividir a substância: porque
uma é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo; mas do Pai
e do Filho e do Espírito Santo é só uma a divindade, igual a glória e coeterna
a majestade».
267.
Inseparáveis no que são, as pessoas divinas são também inseparáveis no que
fazem. Mas, na operação divina única, cada uma manifesta o que Lhe é próprio na
Trindade, sobretudo nas missões divinas da Encarnação do Filho e do dom do
Espírito Santo.
PARÁGRAFO 3
O TODO-PODEROSO
268.
De todos os atributos divinos, só a omnipotência é nomeada no Símbolo:
confessá-la é de grande alcance para a nossa vida. Nós acreditamos que ela é
universal, porque Deus, que tudo criou (89), tudo governa e tudo
pode; amorosa, porque Deus é nosso Pai (90); misteriosa, porque só a
fé a pode descobrir, quando «ela actua plenamente na fraqueza» (2 Cor 12, 9)
(91).
«FAZ TUDO QUANTO LHE
APRAZ» (Sl 115, 3)
269.
As Sagradas Escrituras confessam, a cada passo, o poder universal de Deus. Ele
é chamado «o Poderoso de Jacob» (Gn 49, 24; Is 1, 24: etc.) «o Senhor dos
Exércitos», «o Forte, o Poderoso» (SI 24, 8-10). Se Deus é omnipotente «no céu
e na terra» (Sl 135, 6), é porque foi Ele quem os fez. Portanto, nada Lhe é
impossível (92) e Ele dispõe à vontade da sua obra (93);
Ele é o Senhor do Universo, cuja ordem foi por Ele estabelecida e Lhe permanece
inteiramente submissa e disponível; Ele é o Senhor da história; governa os
corações e os acontecimentos segundo a sua vontade (94): «O vosso poder imenso sempre
vos assiste – e quem poderá resistir à força do Vosso braço?» (Sb 11, 21).
«PORQUE PODEIS TUDO, DE
TODOS VOS COMPADECEIS» (Sb 11, 23)
270.
Deus é o Pai todo-poderoso. A sua paternidade e o seu poder esclarecem-se
mutuamente. Com efeito, Ele mostra a sua omnipotência paterna pelo modo como
cuida das nossas necessidades (95) pela adopção filial que nos
concede («serei para vós um Pai e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o
Senhor todo poderoso»: 2 Cor 6, 18); enfim, pela sua infinita misericórdia,
pois mostra o seu poder no mais alto grau, perdoando livremente os pecados.
271.
A omnipotência divina não é, de modo algum, arbitrária: «Em Deus, o poder e a
essência, a vontade e a inteligência, a sabedoria e a justiça, são uma só e a
mesma coisa, de modo que nada pode estar no poder divino que não possa estar na
justa vontade de Deus ou na sua sábia inteligência» (96).
O MISTÉRIO DA APARENTE
IMPOTÊNCIA DE DEUS
272.
A fé em Deus Pai todo-poderoso pode ser posta à prova pela experiência do mal e
do sofrimento. Por vezes, Deus pode parecer ausente e incapaz de impedir o mal.
Ora, Deus Pai revelou a sua omnipotência do modo mais misterioso, na humilhação
voluntária e na ressurreição de seu Filho, pelas quais venceu o mal. Por isso,
Cristo crucificado é «força de Deus e sabedoria de Deus. Pois o que é loucura
de Deus é mais sábio do que os homens, e o que é fraqueza de Deus é mais forte
do que os homens» (1 Cor 1, 25). Foi na ressurreição e na exaltação de Cristo
que o Pai «exerceu a eficácia da [sua] poderosa força» e mostrou a
«incomensurável grandeza que representa o seu poder para nós, os crentes» (Ef
1, 19-22).
273.
Só a fé pode aderir aos caminhos misteriosos da omnipotência de Deus. Esta fé
gloria-se nas suas fraquezas, para atrair a si o poder de Cristo (97).
Desta fé é modelo supremo a Virgem Maria, pois acreditou que «a Deus nada é
impossível» (Lc 1, 37) e pôde proclamar a grandeza do Senhor: «O Todo-Poderoso
fez em mim maravilhas; 'Santo' – é o seu
nome» (Lc 1, 49).
274.
«Portanto, nada é mais próprio para firmar a nossa fé e a nossa esperança do
que a convicção, profundamente arraigada nas nossas almas, de que nada é
impossível a Deus. Tudo o que [o Credo] seguidamente nos propõe para crer, as
coisas maiores, as mais incompreensíveis, bem como as mais sublimes e mais
acima das leis ordinárias da Natureza, basta que a nossa razão tenha a ideia da
omnipotência divina para as admitir facilmente e sem hesitação alguma» (98).
Resumindo:
275. Confessamos com o
justo Job: «Eu sei que podeis tudo e que, para Vós, nenhum projecto é
impossível» (Job 42, 2).
276. Fiel ao testemunho da
Escritura, a Igreja dirige muitas vezes a sua oração ao «Deus todo-poderoso e
eterno» (omnipotens sempiterne Deus), crendo firmemente que «a Deus nada é
impossível» (Lc 1, 37) (99).
277. Deus manifesta a sua
omnipotência convertendo-nos dos nossos pecados e restabelecendo-nos na sua
amizade pela graça («Deus qui omnipotentiam tuam parcendo maxime et miserando
manifestas» – «Senhor; que dais a maior prova do vosso poder quando perdoais e
Vos compadeceis») (100).
278. Se não crermos que o
amor de Deus é omnipotente, como poderemos crer que o Pai pôde criar-nos, o
Filho remir-nos e o Espírito Santo santificar-nos?
PARÁGRAFO 4
O CRIADOR
279.
«No princípio, Deus criou o céu e a terra» (Gn 1, 1). É com estas palavras
solenes que começa a Sagrada Escritura. E o Símbolo da fé retoma-as,
confessando a Deus, Pai todo-poderoso, como «Criador do céu e da terra» (101),
«de todas as coisas, visíveis e invisíveis» (102). Vamos, portanto,
falar primeiro do Criador, depois da sua criação, e, finalmente, da queda do
pecado, de que Jesus, Filho de Deus, nos veio Libertar.
280.
A criação é o fundamento de «todos os desígnios salvíficos de Deus», «o
princípio da história da salvação» (103), que culmina em Cristo. Por
seu lado, o mistério de Cristo derrama sobre o mistério da criação a luz
decisiva; revela o fim, em vista do qual «no princípio Deus criou o céu e a
terra» (Gn 1, 1): desde o princípio, Deus tinha em vista a glória da nova
criação em Cristo (104).
281.
É por isso que as leituras da Vigília Pascal, celebração da nova criação em
Cristo, começam pela narrativa da criação. Do mesmo modo, na liturgia
bizantina, a narrativa da criação constitui sempre a primeira leitura das
vigílias das grandes festas do Senhor. Segundo o testemunho dos antigos, a
instrução dos catecúmenos para o Baptismo segue o mesmo caminho (105).
___________________________________
Notas:
9. Cf. Ex 32.
10. Cf. Ex 33, 12-17.
11.
Cf. Ex 34, 9.
12.
Cf. Is 44, 6.
13.
Cf. Sl 85, 11.
14.
Cf. Dt 7, 9.
15.
Cf. Sb 13, 1-9.
16.
Cf. Sl 115, 15.
17.
Cf. Sb 7, 17-21.
18.
Cf. Jo 17, 3.
19.
Cf. Dt 4, 37; 7, 8: 10, 15.
20.
Cf. Is 43, 1-7.
21.
Cf. Os 2.
22.
Cf. Os 11, 1.
23.
Cf. Is 49, 14-15.
24.
Cf. Is 62, 4-5.
25. Cf. Ez 16; Os 11.
26. Cf. 1 Cor 2, 7-16: Ef 3, 9-12.
27. Santa Joana D'Arc, Dito: Procès de
condamnation, ed. P. Tisset–Y.Lanhers. v. I (Paris 1960) p. 280 e 288.
28. Cf. Mt 5, 29-30: 16. 24: 19. 23-24.
29.
S. Nicolau de Flüe, Bruder-Klausen-Gebet, apud R. Amschwand, Bruder Klaus. Ergänzungsband zum Quellenwerk von R. Durrer (Sarnen
1987). p. 215.
30. Santa Teresa de Jesus. Poesía. 9:
Biblioteca Mística Carmelitana. v. 6 (Burgos 1919). p. 90. [Santa Teresa de
Jesus, Obras Completas (Paço de Arcos. Edições Carmelo 1994) p. 1390]
31. Tertuliano, Adversus Marcionem, I,
3, 5: CCL 1, 444 (PL 2. 274).
32. Santo Agostinho, Sermo 52. 6. 16:
ed. P. Verbraken: Revue Bénédictine 74 (1964) 27 (PL 38. 360).
33. São Cesário de Arles. Expositio
vel traditio Symboli (sermo 9): CCL 103. 47.
34. Cf. Vigílio, Professio fidei
(522): DS 415.
35. Cf. Sagrada Congregação do Clero,
Directorium catechisticum generale, 43: AAS (1972)123.
36. Ibid., 47.
37.
I Concílio do Vaticano. Const. dogm. Dei Filius, c. 4: DS 3015.
38. Cf. Dt 32. 6: Ml 2. 10.
39.
Cf. 2 Sm 7, 14.
40.
Cf. Sl 68, 6.
41.
Cf. Is 66, 13: Sl 131, 2.
42.
Cf. Sl 27, 10.
43.
Cf. Ef 3, 14-15: Is 49, 15.
44. Símbolo de Nicéia: DS 125.
45. Símbolo Niceno-Constantinopolitano:
DS 150.
46. Cf. Gn 1. 2.
47. Símbolo
Niceno-Constantinopolitano: DS 150.
48. Cf. Jo 14, 17.
49 Cf. Jo 14, 26.
50. Cf. Jo 14, 26: 15. 26; 16, 14.
51. Cf. Jo 7, 39.
52. Símbolo
Niceno-Constantinopolitano: DS 150.
53. VI Concílio de Toledo (em 638), De
Trinitate et de Filio Dei Redemptore incarnato: DS 490.
54. XI Concílio de Toledo (ano 675),
Symbolum: DS 527.
55. Símbolo Niceno
Constantinopolitano: DS 150.
56. Concílium de Florença. Decretum
pro Graecis: DS 1300-1301.
57. Cf. São Leão Magno, Ep. Quam
laudabiliter: DS 284.
58. II Concílio Vaticano, Decr. Ad
gentes: AAS 58 (1966) 948.
59. Concílio de Florença, Decretum pro
Graecis (ano 1439): DS 1302.
60. Concílio de Florença, Decretum pro
Iacobitis (ano 1442): DS 1331.
61. II Concílio de Lião, Constitutio
de Summa Trinitate et fide catholica (ano 1274): DS 850.
62.
Cf. 1 Cor 12, 4-6; Ef 4, 4-6.
63.
Paulo VI, Sollemnis Professio fidei, 9: AAS 60 (1968) 437.
64. II Concílio de Constantinopla (ano
553), Anathematismi de tribus Capitulis. 1: DS 421.
65. XI Concílio de Toledo (ano 675).
Symbolum: DS 530.
66. IV Concílio de Latrão (ano 1215),
Cap. 2. De errore abbatis Ioachim: DS 804.
67. Fides Damasi: DS 71.
68. XI Concílio de Toledo (ano 675).
Symbolum: DS 530.
69. IV Concílio de Latrão (ano 1215).
Cap. 2, De errore abbatis Ioachim: DS 804.
70. XI Concílio de Toledo (ano 675).
Symbolum: DS 528.
71. Concílio de Florença, Decretum pro
Iacobitis (ano 1442): DS 1330.
72. Concílio de Florença, Decretum pro
Iacobitis (ano 1442): DS 1331.
73. São Gregório de Nazianzo, Oratio 40. 41: SC 358, 292-294 (PG 36, 417).
74. Hino das II Vésperas de Domingo,
nas semanas 2 e 4: Liturgia Horarum, editio typica, 3 (Typis Poliglottis
Vaticanis Poliglottis Vaticanis 1974) p. 632 e 879 [Este hino está traduzido na
ed. portuguesa: Liturgia das Horas (Gráfica de Coimbra 1983), v. 3, p. 86 e N.
4, p. 86].
75. I Concílio de Vaticano, Decr. Ad
gentes, 2-9: AAS 58 (1966) 948-958.
76. II Concílio de Constantinopla (ano
553), Anathematismi de tribus Capitulis, 1: DS 421.
77. Concílio de Florença, Decretum pro
Incobitis (ano 1442): DS 1331.
78.
Cf. 1 Cor 8, 6.
79. II Concílio de Constantinopla (ano
553). Anathematismi de tribus Capitulis, 1: DS 421.
80. Cf. Jo 6. 44.
81. Cf. Rm 8, 14.
82. Cf. Jo 17, 21-23.
83. Beata Isabel da Trindade,
Élévation à la Trinité: Écrits spirituels. 50. ed. M. M. Philipon (Paris 1949),
p. 80. [Escritos espirituais (Oeiras, Edições Carmelo 1989) p. 327].
84. Cf. Jo 14, 26.
85. Símbolo
Niceno-Constantinopolitano: DS 150.
86. Santo Agostinho, De Trinitate 15,
26, 47: CCL 50A, 529 (PL 42. 1095).
87. Paulo VI, Sollemnis Processio
fidei, 9: AAS 60 (1968) 436.
88.
Símbolo Quicumque: DS 75.
89. Cf. Gn 1, 1; Jo 1, 3.
90.
Cf. Mt 6, 9.
91.
Cf. 1 Cor 1,18.
92.
Cf. Jr 32, 17; Lc 1, 37.
93.
Cf. Jr 27, 5.
94.
Cf. Est 4c. 17: Pr 21, 1;Tb 13, 2.
95.
Cf. Mt 6, 32.
96. São Tomás De Aquino, Summa
theologiae 1, q. 25, a. 5, ad 1: Ed Leon. 4, 297.
97.
Cf. 2 Cor 12, 9: Fl 4. 13.
98.
CatRom I, 2, 13, p. 31.
99.
Cf. Gn 18. 14: Mt 19, 26.
100. Domingo XXVI do Tempo Comum,
Colecta: Missale Romanum. editio typica (Typis Polyglottis Vaticanis 1970), p.
365 [Trad. oficial portuguesa: Missal Romano, Gráfica de Coimbra 1992. p. 420]
101. Símbolo dos Apóstolos: DS 30.
102. Símbolo Niceno-Constantinopolitano:
DS 150.
103. Cf. Sagrada Congregação do Clero,
Directorium catechisticum generale, 51: AAS 64 (1972) 128.
104. Cf. Rm 8, 18-23.
105. Cf. Egria, Itinerarium seu
Peregrinatio ad loca sancta 46, 2: SC 296, 308: PLS 1, 1089-1090: Santo
Agostinho. De catechizandis rudibus 3, 5: CCL 46. 124 (PL 40, 313).
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