7.
Vêm à minha mente umas palavras de S. Josemaria, escritas pouco antes de sua
partida para a casa do céu. Ao contemplar a crise de fé, de virtudes e de
valores que já então – era o ano de 1973 – se tinha instaurado em muitos
ambientes, manifestava cheio de sentido sobrenatural e de zelo apostólico: «em
momentos de crises profundas na história da Igreja, nunca foram muitos os que,
permanecendo fiéis, reuniram, além da preparação espiritual e doutrinal
suficiente, os recursos morais e intelectuais, para opor uma decidida
resistência aos agentes da maldade. Mas esses poucos encheram de luz, de novo,
a Igreja e o mundo» [7]. Havemos de ocupar-nos de que muitas
mulheres e muitos homens acolham a vida da graça, e se amparem e robusteçam
neste refúgio.
A
nova evangelização é especialmente urgente na Europa e nos países mais
desenvolvidos. Na Exortação Apostólica Ecclésia in Europa, o beato João Paulo
II retratou a situação religiosa da sociedade no velho continente. Embora se
destinasse a recolher as conclusões do Sínodo dos Bispos da Europa, as suas
afirmações poderiam ser aplicadas em grande parte a muitos outros lugares. Na
verdade, depois de vinte séculos, mesmo em países de grande tradição cristã,
«aumenta o número das pessoas não babtizadas, seja pela consistente presença de
imigrantes que pertencem a outras religiões, seja também porque famílias de
tradição cristã não babtizaram os filhos» [8]. Como conclusão o Papa
dizia: «com efeito, a Europa já faz parte daqueles espaços tradicionalmente
cristãos, onde, para além duma nova evangelização, se requer em determinados
casos a primeira evangelização» [9]. Primeira evangelização e nova
evangelização: duas formas de anunciar o Evangelho que a situação da Igreja e
do mundo nos exige hoje.
Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et
Operis Dei
Nota: Publicação devidamente
autorizada
____________________
Notas:
[7]
S. Josemaria, Carta 28-III-1973, n. 18.
[8]
Beato João Paulo II, Exort. Apost. Ecclésia in Europa, 28-VI-2003, n. 46.
[9]
Beato João Paulo II, Exort. Apost. Ecclésia in Europa, 28-VI-2003, n. 46.
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