T. Comum – XXIV Semana
Evangelho: Lc 7, 31-35
31 Jesus, deixando o
território de Tiro, foi novamente por Sidónia para o mar da Galileia,
atravessando o território da Decápole. 32 Trouxeram-Lhe um
surdo-mudo, e pediam-Lhe que lhe impusesse as mãos.33 Então, Jesus,
tomando-o à parte de entre a multidão, meteu-lhe os dedos nos ouvidos, e
tocou-lhe com saliva a língua. 34 Depois, levantando os olhos ao
céu, deu um suspiro e disse-lhe: «Effathá», que quer dizer «abre-te». 35
Imediatamente se lhe abriram os ouvidos, se lhe soltou a prisão da língua e
falava claramente.
Comentário:
Sabendo que nada foi escrito por acaso e que tudo foi
inspirado pelo Espírito Santo, por vezes apetece meditar nas palavras e
expressões dos evangelistas que parecem ‘a mais’ no texto ou, talvez, sem
grande significado ou relevância.
Hoje, S. Lucas diz que Jesus “levantando os olhos ao
Céu, deu um suspiro”.
O que quer isto dizer? Porque que constam aqui nestas
pequenas coisas.
Quantas vezes, perante algo que de qualquer modo nos
incomoda, não fazemos exactamente o mesmo: levantamentos os olhos ao Céu e
suspiramos, como quem diz:
‘Que hei-de fazer? Como hei-de suportar isto? Que
remédio?’
A humanidade de Jesus revela-se igualmente nestas
pequenas coisas, nestes gestos e reacções tão tipicamente humanos.
Se o surdo-mudo fosse um homem de fé Jesus tê-lo-ia
levado aparte, metido os dedos nos ouvidos, tocado com saliva a língua?
Muito provavelmente… não.
Estes gestos foram necessários para confirmar a pouca
fé do pobre homem e, por respeito por este, faz isto afastado da multidão.
Quem procura Jesus para ser curado dos seus males
obtém, seguramente essa cura, mas ela depende da sua fé em Cristo e na sua justiça.
O caminho para Cristo é Maria, por isso a temos como
especial medianeira que nos leva a seu Filho, endireitando o que está enviesado
e ‘compondo’ o que pedimos.
(ama, comentário sobre Lc 7, 31-37, 2012.07.15)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.