23/08/2012

Receios

P o e m a s  d a  m i n h a  v i d a


Do dia que passou
guardo cioso
a recordação triste
da solidão
e o doloroso
sentir
que tudo quanto amo
esteve longe,
muito longe
das minhas mãos febris
e que na minha mente
só recordações vagas
das tuas coisas,
da maneira como te ris,
dos teus olhos doces,
do teu falar suave,
e dos lábios cheios.

E na minha alma,
ao cair da tarde,
há vagos receios
que esta calma
não seja verdade.

Lisboa, 58

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