Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
Para ver, clicar SFF.
Evangelho: Mc 9, 9-29
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Evangelho: Mc 9, 9-29
9 Ao descerem do monte, ordenou-lhes que a ninguém
contassem o que tinham visto, senão depois de o Filho do Homem ter ressuscitado
dos mortos. 10 Observaram esta ordem, mas perguntavam-se o que
queria dizer “quando tiver ressuscitado dos mortos”. 11
Interrogaram-n'O dizendo: «Porque dizem os escribas que Elias deve vir
primeiro?». 12 Jesus respondeu-lhes: «Elias efectivamente há-de vir
primeiro e pôr tudo em ordem. Mas como é que está escrito acerca do Filho do
Homem, que terá que sofrer muito e ser desprezado? 13 Pois, Eu
digo-vos que Elias já veio, e fizeram dele quanto quiseram, como está escrito
dele». 14 Chegando junto dos discípulos, viu uma grande multidão em
volta, e os escribas a discutirem com eles. 15 E logo toda aquela
multidão supreendida por ver Jesus, correu para O saudar. 16
Perguntou-lhes: «Que estais a discutir entre vós?». 17 Um de entre a
multidão respondeu-Lhe: «Mestre, eu trouxe-Te meu filho que está possesso de um
espírito mudo, 18 que, onde quer que se apodere dele, o lança por
terra, e o menino espuma, range com os dentes, e fica rígido. Pedi aos Teus
discípulos que o expulsassem e não puderam». 19 Jesus
respondeu-lhes: «Ó geração incrédula! Até quando hei-de estar convosco? Até
quando vos hei-de suportar? Trazei-Mo cá». 20 Trouxeram-Lho. Tendo
visto Jesus, imediatamente o espírito o agitou com violência e, caído por
terra, revolvia-se espumando. 21 Jesus perguntou ao pai dele: «Há
quanto tempo lhe sucede isto?». Ele respondeu: «Desde a infância. 22
O demónio tem-no lançado muitas vezes no fogo e na água, para o matar; porém
Tu, se podes alguma coisa, ajuda-nos, tem compaixão de nós». 23
Jesus disse-lhe: «Se podes...! Tudo é possivel a quem crê».24
Imediatamente o pai do menino exclamou: «Eu creio! Auxilia a minha falta de
fé». 25 Jesus, vendo aumentar a multidão, ameaçou o espírito imundo,
dizendo-lhe: «Espírito mudo e surdo, Eu te mando, sai desse menino e não voltes
a entrar nele!». 26 Então, dando gritos e agitando-se com violência,
saiu dele, e o menino ficou como morto, tanto que muitos diziam: «Está morto». 27
Porém, Jesus, tomando-o pela mão, levantou-o, e ele pôs-se em pé. 28
Depois de ter entrado em casa, Seus discípulos perguntaram-Lhe em particular:
«Porque o não pudemos nós expulsar?». 29 Respondeu-lhes: «Esta casta
de demónios não se pode expulsar senão mediante a oração».
CONSTITUIÇÃO
DOGMÁTICA
DEI VERBUM
SOBRE A REVELAÇÃO DIVINA
DEI VERBUM
SOBRE A REVELAÇÃO DIVINA
PROÉMIO
Intenção do Concílio
1.
O sagrado Concilio, ouvindo religiosamente a Palavra de Deus proclamando-a com
confiança, faz suas as palavras de S. João: «anunciamos-vos a vida eterna, que
estava junto do Pai e nos apareceu: anunciamos-vos o que vimos e ouvimos, para
que também vós vivais em comunhão connosco, e a nossa comunhão seja com o Pai e
com o seu Filho Jesus Cristo" (1 Jo. 1, 2-3). Por isso, segundo
os Concílios Tridentino e Vaticano I,
entende propor a genuína doutrina sobre a Revelação divina e a sua transmissão,
para que o mundo inteiro, ouvindo, acredite na mensagem da salvação,
acreditando espere, e esperando ame [1].
CAPÍTULO
I
A
REVELAÇÃO EM SI MESMA
Natureza
e objecto da revelação
2.
Aprouve a Deus na Sua bondade e sabedoria, revelar-se a Si mesmo e dar a
conhecer o mistério da sua vontade (cfr. Ef. 1,9), segundo o qual os
homens, por meio de Cristo, Verbo encarnado, têm acesso ao Pai no Espírito
Santo e se tornam participantes da natureza divina (cfr. Ef. 2,18; 2 Ped.
1,4). Em virtude desta revelação, Deus invisível (cfr. Col. 1,15; 1
Tim. 1,17), na riqueza do seu amor fala aos homens como amigos (cfr.
Ex. 33, 11; Jo. 15,1415) e convive com eles (cfr. Bar. 3,38),
para os convidar e admitir à comunhão com Ele. Esta «economia» da revelação
realiza-se por meio de acções e palavras intimamente relacionadas entre si, de
tal maneira que as obras, realizadas por Deus na história da salvação,
manifestam e confirmam a doutrina e as realidades significadas pelas palavras;
e as palavras, por sua vez, declaram as obras e esclarecem o mistério contido nelas.
Porém, a verdade profunda, tanto a respeito de Deus como a respeito da salvação
dos homens, manifesta-se-nos, por esta revelação, em Cristo, que é, simultâneamente,
o mediador e a plenitude de toda a revelação [2].
Preparação
da revelação evangélica
3.
Deus, criando e conservando todas as coisas pelo Verbo (cfr. Jo. 1,3),
oferece aos homens um testemunho perene de Si mesmo na criação (cfr. Rom.
1, 1-20) e, além disso, decidindo abrir o caminho da salvação
sobrenatural, manifestou-se a Si mesmo, desde o princípio, aos nossos primeiros
pais. Depois da sua queda, com a promessa de redenção, deu-lhes a esperança da
salvação (cfr. Gén. 3,15), e cuidou continuamente do género humano,
para dar a vida eterna a todos aqueles que, perseverando na prática das boas
obras, procuram a salvação (cfr. Rom. 2, 6-7). No devido tempo
chamou Abraão, para fazer dele pai dum grande povo (cfr. Gén. 12,2),
povo que, depois dos patriarcas, ele instruiu, por meio de Moisés e dos
profetas, para que o reconhecessem como único Deus vivo e verdadeiro, pai
providente e juiz justo, e para que esperassem o Salvador prometido; assim
preparou Deus, através dos tempos, o caminho ao Evangelho.
Consumação
e plenitude da revelação em Cristo
4.
Depois de ter falado muitas vezes e de muitos modos pelos profetas, falou-nos
Deus nestes nossos dias, que são os últimos, através de Seu Filho (Heb. 1,
1-2). Com efeito, enviou o Seu Filho, isto é, o Verbo eterno, que ilumina
todos os homens, para habitar entre os homens e manifestar-lhes a vida íntima
de Deus (cfr. Jo. 1, 1-18). Jesus Cristo, Verbo feito carne, enviado
«como homem para os homens» [3],
«fala», portanto, as palavras de Deus» (Jo. 3,34) e consuma a obra
de salvação que o Pai lhe mandou realizar (cfr. Jo. 5,36; 17,4). Por
isso, Ele, vê-lo a Ele é ver o Pai (cfr. Jo. 14,9), com toda a sua
presença e manifestação da sua pessoa, com palavras e obras, sinais e milagres,
e sobretudo com a sua morte e gloriosa ressurreição, enfim, com o envio do
Espírito de verdade, completa totalmente e confirma com o testemunho divino a
revelação, a saber, que Deus está connosco para nos libertar das trevas do
pecado e da morte e para nos ressuscitar para a vida eterna.
Portanto,
a economia cristã, como nova e definitiva aliança, jamais passará, e não se
há-de esperar nenhuma outra revelação pública antes da gloriosa manifestação de
nosso Senhor Jesus Cristo (cfr. 1 Tim. 6,14; Tit. 2,13).
Aceitação
da revelação pela fé
5.
A Deus que revela é devida a «obediência da fé» (Rom. 16,26; cfr. Rom.
1,5; 2 Cor. 10, 5-6); pela fé, o homem entrega-se total e livremente a
Deus oferecendo «a Deus revelador o obséquio pleno da inteligência e da
vontade» [4] e
prestando voluntário assentimento à Sua revelação. Para prestar esta adesão da
fé, são necessários a prévia e concomitante ajuda da graça divina e os
interiores auxílios do Espírito Santo, o qual move e converte o coração a Deus,
abre os olhos do entendimento, e dá «a todos a suavidade em aceitar e crer a
verdade» [5].
Para que a compreensão da revelação seja sempre mais profunda, o mesmo Espírito
Santo aperfeiçoa sem cessar a fé mediante os seus dons.
Necessidade
da revelação
6.
Pela revelação divina Deus quis manifestar e comunicar-se a Si mesmo e os
decretos eternos da Sua vontade a respeito da salvação dos homens, «para os
fazer participar dos bens divinos, que superam absolutamente a capacidade da
inteligência humana» [6].
O
sagrado Concílio professa que Deus, princípio e fim de todas as coisas, se pode
conhecer com certeza pela luz natural da razão a partir das criaturas» (cfr.
Rom. 1,20); mas ensina também que deve atribuir-se à Sua revelação
«poderem todos os homens conhecer com facilidade, firme certeza e sem mistura
de erro, aquilo que nas coisas divinas não é inacessível à razão humana, mesmo
na presente condição do género humano».
CAPÍTULO
II
A
TRANSMISSÃO DA REVELAÇÃO DIVINA
Os apóstolos e seus sucessores, transmissores do Evangelho
7.
Deus dispôs amorosamente que permanecesse íntegro e fosse transmitido a todas
as gerações tudo quanto tinha revelado para salvação de todos os povos. Por
isso, Cristo Senhor, em quem toda a revelação do Deus altíssimo se consuma (cfr.
2 Cor. 1,20; 3,16-4,6), mandou aos Apóstolos que pregassem a todos, como
fonte de toda a verdade salutar e de toda a disciplina de costumes, o Evangelho
prometido antes pelos profetas e por Ele cumprido e promulgado pessoalmente [7],
comunicando-lhes assim os dons divinos. Isto foi realizado com fidelidade,
tanto pelos Apóstolos que, na sua pregação oral, exemplos e instituições,
transmitiram aquilo que tinham recebido dos lábios, trato e obras de Cristo, e
o que tinham aprendido por inspiração do Espírito Santo, como por aqueles
Apóstolos e varões apostólicos que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo,
escreveram a mensagem da salvação [8].
Porém,
para que o Evangelho fosse perenemente conservado integro e vivo na Igreja, os
Apóstolos deixaram os Bispos como seus sucessores, «entregando lhes o seu
próprio ofício de magistério». Portanto, esta sagrada Tradição e a Sagrada
Escritura dos dois Testamentos são como um espelho no qual a Igreja peregrina
na terra contempla a Deus, de quem tudo recebe, até ser conduzida a vê-lo face
a face tal qual Ele é (cfr. 1 Jo. 3,2).
A
sagrada Tradição
8.
E assim, a pregação apostólica, que se exprime de modo especial nos livros
inspirados, devia conservar-se, por uma sucessão contínua, até à consumação dos
tempos. Por isso, os Apóstolos, transmitindo o que eles mesmos receberam,
advertem os fiéis a que observem as tradições que tinham aprendido quer por
palavras quer por escrito (cfr. 2 Tess. 2,15), e a que lutem pela fé
recebida dama vez para sempre (cfr. Jud. 3) [9]. Ora,
o que foi transmitido pelos Apóstolos, abrange tudo quanto contribui para a
vida santa do Povo de Deus e para o aumento da sua fé; e assim a Igreja, na sua
doutrina, vida e culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo aquilo
que ela é e tudo quanto acredita.
Esta
tradição apostólica progride na Igreja sob a assistência do Espírito Santo [10].
Com efeito, progride a percepção tanto das coisas como das palavras
transmitidas, quer mercê da contemplação e estudo dos crentes, que as meditam
no seu coração (cfr. Lc. 2, 19. 51), quer mercê da íntima
inteligência que experimentam das coisas espirituais, quer mercê da pregação
daqueles que, com a sucessão do episcopado, receberam o carisma da verdade.
Isto é, a Igreja, no decurso dos séculos, tende continuamente para a plenitude
da verdade divina, até que nela se realizem as palavras de Deus.
Afirmações
dos santos Padres testemunham a presença vivificadora desta Tradição, cujas
riquezas entram na prática e na vida da Igreja crente e orante. Mediante a
mesma Tradição, conhece a Igreja o cânon inteiro dos livros sagrados, e a
própria Sagrada Escritura entende-se nela mais profundamente e torna-se
incessantemente operante; e assim, Deus, que outrora falou, dialoga sem
interrupção com a esposa do seu amado Filho; e o Espírito Santo - por quem ressoa
a voz do Evangelho na Igreja e, pela Igreja, no mundo - introduz os crentes na
verdade plena e faz com que a palavra de Cristo neles habite em toda a sua
riqueza (cfr. Col. 3,16).
Relação
entre a sagrada Tradição e a Sagrada Escritura
9.
A sagrada Tradição, portanto, e a Sagrada Escritura estão intimamente unidas e
compenetradas entre si. Com efeito, derivando ambas da mesma fonte divina,
fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim. A Sagrada Escritura é a
palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito Santo; a
sagrada Tradição, por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos
Apóstolos a palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo
aos Apóstolos, para que eles, com a luz do Espírito de verdade, a conservem, a
exponham e a difundam fielmente na sua pregação; donde resulta assim que a
Igreja não tira só da Sagrada Escritura a sua certeza a respeito de todas as
coisas reveladas. Por isso, ambas devem ser recebidas e veneradas com igual
espírito de piedade e reverência [11].
Relação
de uma e outra com a Igreja e com o Magistério eclesiástico
10.
A sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito sagrado da
palavra de Deus, confiado à Igreja; aderindo a este, todo o Povo santo
persevera unido aos seus pastores na doutrina dos Apóstolos e na comunhão, na
fracção do pão e na oração (cfr. Act. 2,42 gr.), de tal modo que, na
conservação, actuação e profissão da fé transmitida, haja uma especial
concordância dos pastores e dos fiéis [12].
Porém,
o encargo de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita ou contida na
Tradição [13],
foi confiado só ao magistério vivo da Igreja [14],
cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo. Este magistério não está
acima da palavra de Deus, mas sim ao seu serviço, ensinando apenas o que foi
transmitido, enquanto, por mandato divino e com a assistência do Espírito
Santo, a ouve piamente, a guarda religiosamente e a expõe fielmente, haurindo
deste depósito único da fé tudo quanto propõe à fé como divinamente revelado.
É
claro, portanto, que a sagrada Tradição, a sagrada Escritura e o magistério da
Igreja, segundo o sapientíssimo desígnio de Deus, de tal maneira se unem e se
associam que um sem os outros não se mantém, e todos juntos, cada um a seu
modo, sob a acção do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a
salvação das almas.
CAPÍTULO
III
A
INSPIRAÇÃO DIVINA DA SAGRADA ESCRITURA
E A SUA INTERPRETAÇÃO
Natureza da inspiração e verdade da Sagrada Escritura
11.
As coisas reveladas por Deus, contidas e manifestadas na Sagrada Escritura,
foram escritas por inspiração do Espírito Santo. Com efeito, a santa mãe
Igreja, segundo a fé apostólica, considera como santos e canónicos os livros
inteiros do Antigo e do Novo Testamento com todas as suas partes, porque,
escritos por inspiração do Espírito Santo (cfr. Jo. 20,31; 2 Tim. 3,16; 2
Ped. 1, 19-21; 3, 15-16), têm Deus por autor, e como tais foram confiados
à própria Igreja [15].
Todavia, para escrever os livros sagrados, Deus escolheu e serviu-se de homens
na posse das suas faculdades e capacidades [16],
para que, agindo Ele neles e por eles [17],
pusessem por escrito, como verdadeiros autores, tudo aquilo e só aquilo que Ele
queria [18].
E
assim, como tudo quanto afirmam os autores inspirados ou hagiógrafos deve ser
tido como afirmado pelo Espírito Santo, por isso mesmo se deve acreditar que os
livros da Escritura ensinam com certeza, fielmente e sem erro a verdade que
Deus, para nossa salvação, quis que fosse consignada nas sagradas Letras [19].
Por isso, «toda a Escritura é divinamente inspirada e útil para ensinar, para
corrigir, para instruir na justiça: para que o homem de Deus seja perfeito,
experimentado em todas as obras boas» (Tim. 3, 7-17 gr.).
Interpretação
da Sagrada Escritura
12.
Como, porém, Deus na Sagrada Escritura falou por meio dos homens e à maneira
humana [20], o
intérprete da Sagrada Escritura, para saber o que Ele quis comunicar-nos, deve
investigar com atenção o que os hagiógrafos realmente quiseram significar e que
aprouve a Deus manifestar por meio das suas palavras.
Para
descobrir a intenção dos hagiógrafos, devem ser tidos também em conta, entre
outras coisas, os «géneros literários». Com efeito, a verdade é proposta e
expressa de modos diversos, segundo se trata de géneros histéricos, proféticos,
poéticos ou outros. Importa, além disso, que o intérprete busque o sentido que
o hagiógrafo em determinadas circunstâncias, segundo as condições do seu tempo
e da sua cultura, pretendeu exprimir e de facto exprimiu servindo se os géneros
literários então usados [21].
Com efeito, para entender rectamente o que autor sagrado quis afirmar, deve
atender-se convenientemente, quer aos modos nativos de sentir, dizer ou narrar
em uso nos tempos do hagiógrafo, quer àqueles que costumavam empregar-se frequentemente
nas relações entre os homens de então[22].
Mas,
como a Sagrada Escritura deve ser lida e interpretada com o mesmo espírito com
que foi escrita [23],
não menos atenção se deve dar, na investigação do recto sentido dos textos
sagrados, ao contexto e à unidade de toda a Escritura, tendo em conta a
Tradição viva de toda a Igreja e a analogia da fé. Cabe aos exegetas trabalhar,
de harmonia com estas regras, por entender e expor mais profundamente o sentido
da Escritura, para que, mercê deste estudo de algum modo preparatório,
amadureça o juízo da Igreja. Com efeito, tudo quanto diz respeito à
interpretação da Escritura, está sujeito ao juízo último da Igreja, que tem o
divino mandato e o ministério de guardar e interpretar a palavra de Deus [24].
Condescendência
de Deus
13.
Portanto, na Sagrada Escritura, salvas sempre a verdade e a santidade de Deus,
manifesta-se a admirável «condescendência» da eterna sabedoria, «para
conhecermos a inefável benignidade de Deus e com quanta acomodação Ele falou,
tomando providência e cuidado da nossa natureza» [25].
As palavras de Deus com efeito, expressas por línguas humanas, tornaram-se intimamente
semelhantes à linguagem humana, como outrora o Verbo do eterno Pai se
assemelhou aos homens tomando a carne da fraqueza humana.
CAPÍTULO IV
O
ANTIGO TESTAMENTO
A
história da salvação consignada nos livros do Antigo Testamento
14.
Deus amantíssimo, desejando e preparando com solicitude a salvação de todo o
género humano, escolheu por especial providência um povo a quem confiar as suas
promessas. Tendo estabelecido aliança com Abraão (cfr. Gén. 15,18),
e com o povo de Israel por meio de Moisés (cfr. Ex. 24,8),
revelou-se ao Povo escolhido como único Deus verdadeiro e vivo, em palavras e
obras, de tal modo que Israel pudesse conhecer por experiência os planos de
Deus sobre os homens, os compreendesse cada vez mais profunda e claramente,
ouvindo o mesmo Deus falar por boca dos profetas, e os difundisse mais
amplamente entre os homens (cfr. Salm. 21, 28-29; 95, 1-3; Is. 2, 1-4;
Jer. 3,17). A «economia» da salvação de antemão anunciada, narrada e
explicada pelos autores sagrados, encontra-se nos livros do Antigo Testamento
como verdadeira palavra de Deus. Por isso, estes livros divinamente inspirados
conservam um valor perene: «Tudo quanto está escrito, para nossa instrução está
escrito, para que, por meio da paciência e consolação que nos vem da Escritura,
tenhamos esperança» (Rom. 15,4).
Importância
do Antigo Testamento para os cristãos
15.
A «economia» do Antigo Testamento destinava-se sobretudo a preparar, a anunciar
proféticamente (cfr. Lc. 24,44; Jo. 5,39; 1 Ped. 1,10) e a
simbolizar com várias figuras (cfr. 1 Cor. 10,11) o advento de
Cristo, redentor universal, e o do reino messiânico. Mas os livros do Antigo
Testamento, segundo a condição do género humano antes do tempo da salvação
estabelecida por Cristo, manifestam a todos o conhecimento de Deus e do homem,
e o modo com que Deus justo e misericordioso trata os homens. Tais livros,
apesar de conterem também coisas imperfeitas e transitórias, revelam, contudo,
a verdadeira pedagogia divina [26].
Por isso, os fiéis devem receber com devoção estes livros que exprimem o vivo
sentido de Deus, nos quais se encontram sublimes doutrinas a respeito de Deus,
uma sabedoria salutar a respeito da vida humana, bem como admiráveis tesouros
de preces, nos quais, finalmente, está latente o mistério da nossa salvação.
Unidade
de ambos ao Testamentos
16.
Foi por isso que Deus, inspirador e autor dos livros dos dois Testamentos,
dispôs tão sábiamente as coisas, que o Novo Testamento está latente no Antigo,
e o Antigo está patente no Novo [27].
Pois, apesar de Cristo ter alicerçado à nova Aliança no seu sangue (cfr.
Lc. 22,20; 1 Cor. 11,25), os livros do Antigo Testamento, ao serem
integralmente assumidos na pregação evangélica [28]
adquirem e manifestam a sua plena significação no Novo Testamento (cfr.
Mt. 5,17; Lc. 24,27; Rom. 16, 25-26; 2 Cor. 3, 1416), que por sua vez
iluminam e explicam.
CAPÍTULO
V
O
NOVO TESTAMENTO
Excelência
do Novo Testamento
17.
A palavra de Deus, que é virtude de Deus para a salvação de todos os crentes (cfr.
Rom. 1,16), apresenta-se e manifesta o seu poder dum modo eminente nos
escritos do Novo Testamento. Com efeito, quando chegou a plenitude dos tempos (cfr.
Gál. 4,4), o Verbo fez-se carne e habitou entre nós cheio de graça e
verdade (cfr. Jo. 1,14). Cristo estabeleceu o reino de Deus na
terra, manifestou com obras e palavras o Pai e a Si mesmo, e levou a cabo a Sua
obra com a Sua morte, ressurreição, e gloriosa ascensão, e com o envio do
Espírito Santo. Sendo levantado da terra, atrai todos a si (cfr. Jo. 12,32
gr.), Ele que é o único que tem palavras de vida eterna (cfr. Jo.
6,68). Este mistério, porém, não foi descoberto a outras gerações como
foi agora revelado aos seus santos Apóstolos e aos profetas no Espírito Santo (cfr.
Ef. 3, 46 gr.) para que pregassem o Evangelho, e despertassem a fé em
Jesus Cristo e Senhor, e congregassem a Igreja. Os escritos do Novo Testamento
são um testemunho perene e divino de todas estas coisas.
Origem
apostólica dos Evangelhos
18.
Ninguém ignora que entre todas as Escrituras, mesmo do Novo Testamento, os
Evangelhos têm o primeiro lugar, enquanto são o principal testemunho da vida e
doutrina do Verbo encarnado, nosso salvador.
A
Igreja defendeu e defende sempre e em toda a parte a origem apostólica dos
quatro Evangelhos. Com efeito, aquelas coisas que os Apóstolos, por ordem de
Cristo, pregaram, foram depois, por inspiração do Espírito Santo, transmitidas
por escrito por eles mesmos e por varões apostólicos como fundamento da fé, ou
seja, o Evangelho quadriforme, segundo Mateus, Marcos, Lucas e João [29].
Carácter
histórico dos Evangelhos
19.
A santa mãe Igreja defendeu e defende firme e constantemente que estes quatro
Evangelhos, cuja historicidade afirma sem hesitação, transmitem fielmente as
coisas que Jesus, Filho de Deus. Durante a sua vida terrena, realmente operou e
ensinou para salvação eterna dos homens, até ao dia em que subiu ao céu (cfr.
Act. 1. 1-2). Na verdade, após a ascensão do Senhor, os Apóstolos
transmitiram aos seus ouvintes, com aquela compreensão mais plena de que eles,
instruídos pelos acontecimentos gloriosos de Cristo e iluminados pelo Espírito
de verdade [30]
gozavam [31],
as coisas que Ele tinha dito e feito. Os autores sagrados, porém, escreveram os
quatro Evangelhos, escolhendo algumas coisas entre as muitas transmitidas por
palavra ou por escrito, sintetizando umas, desenvolvendo outras, segundo o
estado das igrejas, conservando, finalmente, o carácter de pregação, mas sempre
de maneira a comunicar-nos coisas autênticas e verdadeiras acerca de Jesus [32].
Com efeito, quer relatassem aquilo de que se lembravam e recordavam, quer se
baseassem no testemunho daqueles «que desde o princípio foram testemunhas
oculares e ministros da palavra», fizeram-no sempre com intenção de que conheçamos
a «verdade» das coisas a respeito das quais fomos instruídos (cfr. Lc. 1,
2-4).
Os
restantes escritos do Novo Testamento
20.
O cânon do Novo Testamento contém igualmente além dos quatro Evangelhos, as
Epístolas de S. Paulo e outros escritos apostólicos redigidos por inspiração do
Espírito Santo, com os quais, segundo o plano da sabedoria divina, é confirmado
o que diz respeito a Cristo Senhor, é explicada mais e mais a sua genuína
doutrina, é pregada a virtude salvadora da obra divina de Cristo, são narrados
os começos da Igreja e a sua admirável difusão, e é anunciada a sua consumação
gloriosa.
Com
efeito, o Senhor Jesus assistiu os seus Apóstolos como tinha prometido (cfr.
Mt. 28,20) e enviou-lhes o Espírito consolador que os devia introduzir na
plenitude da verdade (cfr. Jo. 16,13).
CAPÍTULO
VI
A
SAGRADA ESCRITURA NA VIDA DA IGREJA
A
Igreja venera as Sagradas Escrituras
21.
A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do
Senhor, não deixando jamais, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar e
distribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da palavra de Deus quer da do
Corpo de Cristo. Sempre as considerou, e continua a considerar, juntamente com
a sagrada Tradição, como regra suprema da sua fé; elas, com efeito, inspiradas
como são por Deus, e exaradas por escrito duma vez para sempre, continuam a
dar-nos imutavelmente a palavra do próprio Deus, e fazem ouvir a voz do
Espírito Santo através das palavras dos profetas e dos Apóstolos. É preciso,
pois, que toda a pregação eclesiástica, assim como a própria religião cristã,
seja alimentada e regida pela Sagrada Escritura. Com efeito, nos livros
sagrados, o Pai que está nos céus vem amorosamente ao encontro de Seus filhos,
a conversar com eles; e é tão grande a força e a virtude da palavra de Deus que
se torna o apoio vigoroso da Igreja, solidez da fé para os filhos da Igreja, alimento
da alma, fonte pura e perene de vida espiritual. Por isso se devem aplicar por
excelência à Sagrada Escritura as palavras: «A palavra de Deus é viva e eficaz»
(Hebr. 4,12), «capaz de edificar e dar a herança a todos os
santificados», (Act. 20,32; cfr. 1 Tess. 2,13).
Traduções
da Sagrada Escritura
22.
É preciso que os fiéis tenham acesso patente à Sagrada Escritura. Por esta
razão, a Igreja logo desde os seus começos fez sua aquela tradução grega
antiquíssima do Antigo Testamento chamada dos Setenta; e sempre tem em grande
apreço as outras traduções, quer orientais quer latinas, sobretudo a chamada
Vulgata. Mas, visto que a palavra de Deus deve estar sempre acessível a todos,
a Igreja procura com solicitude maternal que se façam traduções aptas e fiéis
nas várias línguas, sobretudo a partir dos textos originais dos livros
sagrados. Se porém, segundo a oportunidade e com a aprovação da autoridade da
Igreja, essas traduções se fizerem em colaboração com os irmãos separados,
poderão ser usadas por todos os cristãos.
Investigação
Bíblica
23.
A esposa do Verbo encarnado, isto é, a Igreja, ensinada pelo Espírito Santo,
esforça-se por conseguir uma inteligência cada vez mais profunda da Sagrada Escritura,
para poder alimentar continuamente os seus filhos com os divinos ensinamentos;
por isso, vai fomentando também convenientemente o estudo dos santos Padres do
Oriente e do Ocidente, bem como das sagradas liturgias. É preciso, porém, que
os exegetas católicos e os demais estudiosos da sagrada teologia, trabalhem em
íntima colaboração de esforços, para que, sob a vigilância do sagrado
magistério, lançando mão de meios aptos, estudem e expliquem as divinas Letras
de modo que o maior número possível de ministros da palavra de Deus possa
oferecer com fruto ao Povo de Deus o alimento das Escrituras, que ilumine o
espírito, robusteça as vontades, e inflame os corações dos homens no amor de
Deus [33]. O
sagrado Concilio encoraja os filhos da Igreja que cultivam as ciências bíblicas
para que continuem a realizar com todo o empenho, segundo o sentir da Igreja, a
empresa felizmente começada, renovando constantemente as suas forças [34].
Importância
da Sagrada Escritura para a Teologia
24.
A sagrada Teologia apoia-se, como em seu fundamento perene, na palavra de Deus
escrita e na sagrada Tradição, e nela se consolida firmemente e sem cessar se
rejuvenesce, investigando, à luz da fé, toda a verdade contida no mistério de
Cristo. As Sagradas Escrituras contêm a palavra de Deus, e, pelo facto de serem
inspiradas, são verdadeiramente a palavra de Deus; e por isso, o estudo destes
sagrados livros deve ser como que a alma da sagrada teologia [35].
Também o ministério da palavra, isto é, a pregação pastoral, a catequese, e
toda a espécie de instrução cristã, na qual a homilia litúrgica deve ter um
lugar principal, com proveito se alimenta e santamente se revigora com a
palavra da Escritura.
Leitura
da Sagrada Escritura
25.
É necessário, por isso, que todos os clérigos e sobretudo os sacerdotes de
Cristo e outros que, como os diáconos e os catequistas, se consagram legitimamente
ao ministério da palavra, mantenham um contacto íntimo com as Escrituras,
mediante a leitura assídua e o estudo aturado, a fim de que nenhum deles se
torne «pregador vão e superficial da palavra de Deus. por não a ouvir de
dentro» [36],
tendo, como têm, a obrigação de comunicar aos fiéis que lhes estão confiados as
grandíssimas riquezas da palavra divina, sobretudo na sagrada Liturgia. Do
mesmo modo, o sagrado Concílio exorta com ardor e insistência todos os fiéis,
mormente os religiosos, a que aprendam «a sublime ciência de Jesus Cristo» (Fil.
3,8) com a leitura frequente das divinas Escrituras, porque «a ignorância
das Escrituras é ignorância de Cristo» [37].
Debrucem-se, pois, gostosamente sobre o texto sagrado, quer através da sagrada
Liturgia, rica de palavras divinas, quer pela leitura espiritual, quer por
outros meios que se vão espalhando tão louvavelmente por toda a parte, com a
aprovação e estímulo dos pastores da Igreja. Lembrem-se, porém, que a leitura
da Sagrada Escritura deve ser acompanhada de oração para que seja possível o
diálogo entre Deus e o homem; porque «a Ele falamos, quando rezamos, a Ele
ouvimos, quando lemos os divinos oráculos» [38].
Compete
aos sagrados pastores «depositários da doutrina apostólica»[39],
ensinar oportunamente os fiéis que lhes foram confiados no uso recto dos livros
divinos, de modo particular do Novo Testamento, e sobretudo dos Evangelhos. E
isto por meio de traduções dos textos sagrados, que devem ser acompanhadas das
explicações necessárias e verdadeiramente suficientes, para que os filhos da
Igreja se familiarizem dum modo seguro e útil com a Sagrada Escritura, e se penetrem
do seu espírito.
Além
disso, façam-se edições da Sagrada Escritura, munidas das convenientes
anotações, para uso também dos não cristãos, e adaptadas às suas condições; e
tanto os pastores de almas como os cristãos de qualquer estado procuram
difundi-las com zelo e prudência.
Influência
e importância da renovação escriturística
26.
Deste modo, pois, com a leitura e estudo dos livros sagrados, «a palavra de
Deus se difunda e resplandeça (2 Tess. 3,1), e o tesouro da
revelação confiado à Igreja encha cada vez mais os corações dos homens. Assim
como a vida da Igreja cresce com a assídua frequência do mistério eucarístico,
assim também é lícito esperar um novo impulso de vida espiritual, se fizermos
crescer a veneração pela palavra de Deus, que «permanece para sempre» (Is.
40,8; cfr. l Pedr. 1, 23-25).
Roma, 18 de Novembro de 1965
PAPA PAULO VI
Nota: Revisão tradução portuguesa por ama
[2]Cfr.
Mt. 11,27; Jo. 1,14 e 17; 14,6; 17, 1-3; 2 Cor. 3,16 e 4,6; Ef. 1, 3-14.
[3] Epist. ad Diognetum, c. VII, 4: Funk, Patres
Apostolici, I, p. 403.
[4] Conc. Vat. I, Const. dogmatica De fide catholica, Dei
Filius, cap. 3: Denz. 1789 (3008).
[5] Conc. Araus. II, can. 7: Denz, 180 (377); Conc. Vat.
I, 1. c.: Denz. 1791 (3010).
[6] Conc. Vat. I, Const. dogmatica De fide catholica, Dei
Filius, cap. 2 Denz. 1786 (3005).
[7] Cfr. Mt. 28, 19-20 e Mc. 16,15; Concilio Tridentino
deer. De canonicis Scripturis: Denz. 783 (1501).
[8] Cfr. Concílio Tridentino, I. c.; Concílio Vat I, sess.
III, Const. dogmatica De fide catholica, Dei Filius, cap. 2. Denz. 1787 (3006).
[9] S. Ireneu, Adv. Haer. III, 3, 1: PG 7, 848: Harvey, 2,
p. 9.
[10] Cfr. II Concílio Niceno, Denz. 303 (602); IV Concilio
Constantinopolitano, sess. X, can. 1: Denz. 336 (650-652).
[11] Cfr. Concílio Tridentino, Decr. De canonicis
scripturis: Denz. 783 (1501).
[12] Cfr. Pio XII, Const. apost. Munificentissimus Deus, 1
nov. 1950: AAS 42 (1950) 756; eft. as palavras de S. Cipriano, Epist. 66,8:
CSEL, 3,2, 733: «A Igreja e o povo unido ao sacerdote e o rebanho unido ao seu
pastor».
[13] Cfr. Concilio Vat. I, Const. dogmatica De fide
catholica, Dei Filius, cap. 3: Denz. 1792 (3011).
[14] Cfr. Pio XII, Enciclica Humani generis, 12 ago. 1950:
AAS 42 (1950) 568-569: Denz. 2314 (3886).
[15] Cfr. Conc. Vat. I, Const. dogm. de fide cath., Dei
Filius, cap. 2: Denz. 1787 (3006). Denz. da Comissão Biblica, 18 jun. 1915:
Denz. 2180 (3629) ; EB 420. Santo Officio, Epist.; 22 dez. 1923: EB 499.
[16] Cfr. Pio XII, Encíclica Divino afflante Spiritu, 30
set. 1944: AAS 35 (1943) 314; EB 556.
[17] Em o por o homem: cfr. Hebr. 1,1 e 4,7 (Em); 2 Sam.
23,2; Mt. 1,22 e passim (por); Conc. Vat. I: schema de doctr. cath., nota 9:
Coll. Lac. VII, 522.
[18] Leão XIII, Encíclica Providentissimus Deus, 18 nov.
1893: Denz. 1952 (3293) EB 125.
[19] Cfr. S. Agostinho, De Gen. ad Litt. 2, 9, 20: PL 34,
270-271; CSEL 28, 1, 46-47 e Epist. 82, 3: PL 33, 277: CSEL 34, 2, p. 354.—S.
Tomás, De Ver. q. 12, a. 2 c. —Conc. de Trento, decr. De canonicis Scripturis:
Denz. 783 (1501) —Ledo XIII, Enc. Providentissimus: EB 121, 124, 126-127—Pio
XII, Enc. Divino afflante Spiritu: EB 539.
[20] S. Agostinho, De civ. Dei, XVII, 6, 2: PL 41, 537:
CSEL XL 2, 228.
[21] S. Agostinho, De doct. christ., III, 18, 26: PL 34, 75-76;
CSEL 80, 95.
[22] Pio XII, 1. c.: Denz. 2294 (3829-3830); EB 557-562.
[23] Cfr. Bento XV, Enc. Spiritus Paraclitus, 15 set. 1920:
EB 469.- S. Jerónimo, In Gal., 5, 19-21: PL 26, 417 A.
[24] Cfr. Conc. Vat. I, Const. dogm. De fide catholica, Dei
Filius, cap. 2: Denz. 1788 (3007).
[25] S. João Crisóstomo, In Gen. 3,8 (hom. 17,1): PG 53,
134. «Acomodação», em grego synkatábasis.
[26] Pio XI, Enc. Mit brennender Sorge, 14 mar. 1937: AAS
29 (1937) 151.
[27] S. Agostinho, Quaest. in Hept. 2, 73: PL 34, 623.
[28] S. Ireneu, Adv.: Haer. III, 21, 3: PG 7, 950: ( = 25,
1: Harvey 2, p. 115). S. Cirilo de Jerusalém, Caech. 4, 35: PG 33, 497, Teodoro
de Mopsuesta, In Soph. 1, 4-6: PG 66, 452 D-453 A.
[29] Cfr. S, Ireneu, Adv. Haer. III, 11, 8: PG. 7, 885; ed.
Sagnard, p. 194.
[30] Cfr. Jo. 14,26; 16,13,
[31] Cfr. Jo. 2,22; 12,16; eft. 14,26; 16, 12-13; 7,39.
[32] Cfr. Instrução Sancta Mater Ecclesia, da Pontifícia
Comisão Bíblica: AAS 56 (1964) 715.
[33] Cfr. Pio XII, Enc. Divino afflante, 30. set. 1943: EB
551, 553, 567. — Pontifícia Comissão Bíblica, Instructio de S. Scriptura in
Clericorum seminariis et Religiosorum Collegiis recte docenda, 13 maio 1950:
AAS 42 (1950) 495-505.
[34] Cfr. Pio XII, 1. c.: EB 569.
[35] Cfr. Leão XIII, Enc. Providentissimus Deus: EB 114;
Bento XV, Enc., Spiritus Paraclitus, 15. set. 1920: EB 483.
[36] S. Agostinho, Serm. 179, 1: PL 38, 966.
[37] S. Jerónimo, Comm. in Is. Prol.: PL 24, 17. — Cfr.
Bento XV, Enc. Spiritus Paraclitus: EB 475-480; Pio XII, Enc. Divino afflante:
EB 544.
[38] S. Ambrósio, De officiis ministrorum I, 20, 88: PL 16,
50.
[39] S. Ireneu, Adv. Haer. IV, 32, 1: PG 7, 1071; ( = 49,
2), Harvey, 2, p. 255.
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