A semente germinou
e deu um rebento
que subiu,
recto
e débil,
à luz do Sol.
Ao dia engrossou
e num rasgo de contentamento
enlaçou outro caule
mais débil que ele.
Depois...
Juntos
partiram-se
e formaram novos troncos.
A vida do ramo
até então
sempre ocupada
passou para uma azáfama
constante, necessária
à vida dos outros dez troncos.
Quando mais tarde,
já curvado,
contempla os seus ramos,
vê alguns fortes
e nodosos
e outros
frágeis
e quebradiços.
E então, como dantes,
o caule cansado,
trabalha,
reza
e continua a viver
para os seus ramos
até ao Outono.
Monte
Real, 57
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