Nota de AMA:
Estas “confidências” têm, obviamente, um autor, que não se revela; foram feitas em tempo indeterminado, por isso não se lhes atribui a data. O estilo discursivo revela, obviamente, que se tratam de meditações escritas ao correr da pena. A sua publicação deve-se a ter considerado que, nelas se encontram muitas situações e ocorrências que fazem parte do quotidiano que, qualquer um, pode viver.
Porque,
como Tu muito bem sabes, a minha fé é bem pouca coisa.
A
cada momento vacila e abana porque é débil e fraca.
Eu
bem tento pôr o meu coração inteiramente nas Tuas mãos.
«Nada
me há-de faltar, nada sucederá superior às minhas forças».
Mas,
Senhor, a minha fraqueza é tão grande, a minha cobardia, a minha tibieza, o meu
apego ao conforto e às coisas da vida são tão grandes que eu tenho medo e,
então, Senhor, o que Te peço não será ajuda para superar as dificuldades – que
eu próprio criei – não, o que secretamente eu Te imploro são carros, dinheiro,
posição social, etc.
O
que hei-de eu fazer, Senhor, senão confessar-me assim e dizer-te com toda a
franqueza que não quero nada disto, ou melhor, não quero querer.
Peço-te,
Senhor, que me ajudes a querer só aquilo que Tu quiseres, nem mais nem menos.
Assim
terei o bastante, para mim e para os outros e, o bastante vindo das Tuas mãos
misericordiosas é muitíssimo.
Ajuda-me
Senhor, a conseguir vencer-me assim, passo a passo, talvez centímetro ou
milímetro a milímetro, mas que eu não pare, não me detenha nesta luta diária
por melhorar, por extirpar de mim os defeitos que me tolhem o passo.
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