VI Semana
Evangelho: Jo 16, 20-23
16
«Um pouco, e já não Me vereis; outra vez um pouco, e ver-Me-eis, porque vou
para o Pai». 17 Disseram então entre si alguns dos Seus discípulos: «Que é isto
que Ele nos diz: Um pouco, e já não Me vereis, e outra vez um pouco, e
ver-Me-eis? Que significa também: Porque vou para o Pai?». 18 Diziam pois: «Que
é isto que Ele diz: Um pouco? Não sabemos o que Ele quer dizer». 19 Jesus,
conhecendo que queriam interrogá-l'O, disse-lhes: «Vós perguntais uns aos
outros porque é que Eu disse: Um pouco, e já não Me vereis, e outra vez um
pouco, e ver-Me-eis. 20 Em verdade, em verdade vos digo que haveis de chorar e
gemer, e o mundo se há-de alegrar; haveis de estar tristes, mas a vossa
tristeza há-de converter-se em alegria. 21 A mulher, quando dá à luz, está em
sofrimento, porque chegou a sua hora, mas, depois que deu à luz a criança, já
não se lembra da sua aflição, pela alegria que sente de ter nascido um homem
para o mundo. 22 Vós, pois, também estais agora tristes, mas hei-de ver-vos de novo
e o vosso coração se alegrará, e ninguém vos tirará a vossa alegria. 23 Naquele
dia, não Me interrogareis sobre nada. «Em verdade, em verdade vos digo que, se
pedirdes a Meu Pai alguma coisa em Meu nome, Ele vo-la dará.
Comentário:
O longo discurso da Última Ceia continua.
O Mestre fala serena e pausadamente, repetindo
as mesmas afirmações, por vezes, as mesmas palavras.
Quer que os que O rodeiam fixem bem o que lhes
diz, que gravem indelevelmente nos seus corações as Suas palavras.
De tal forma assim foi que, o Evangelista,
passados tantos anos, as transcreve quase ‘ipsis verbis’ deixando lavrado para
todo o sempre este discurso a que se pode, com propriedade chamar, o testamento
de Jesus.
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