Na realidade, basta observar como olhamos os que amamos de verdade. Queremos-lhes tal e como são. Não esperamos que mudem, aceitamos as suas limitações (ainda que por vezes nos aborreçam) porque sabemos que também estas os definem. Não nos custa perdoar (e ainda que nos custe, em algum momento acabamos por o fazer) porque sabemos e compreendemos.
Agora penso no Senhor. Ele, que é AMOR, que sabe tudo a nosso respeito, e portanto, tudo compreende, como irá olhar-nos senão com um imenso amor? Mas claro, querido leitor, eu não sei tudo a respeito de ti, e tu não sabes nada de mim. Então, como olhar-te com os Seus olhos? Não julgo que seja tão difícil, e de facto não é.
Trata-se de olhar a pessoa que temos à nossa frente como se fossemos nós próprios.
Porque todos, homens e mulheres, estamos cheios de limitações.
guillermo urbizu, [1], trad ama
[1] O escritor e poeta Guillermo Urbizu, é um leigo comprometido, estudou Letras na Universidad de Zaragoza e é membro supranumerário da prelatura do Opus Dei. Trabalha no Colegio Mayor Universitario Miraflores de Zaragoza. Entre as suas obras literárias destacam-se: «Almateria», «Ser algo más» e «Entre dos infinitos», assim como «Vía crucis para niños (e não tan niños)».
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