13/01/2012

Leitura Espiritual para 13 Jan 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)



Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.




Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo

Evangelho: Mt 24, 42-43; 25, 1-13

42 «Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora virá o vosso Senhor. 43 Sabei que, se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria, sem dúvida, e não deixaria arrombar a sua casa. 44 Por isso estai vós também preparados, porque virá o Filho do Homem na hora em que menos pensais. 45 «Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o seu senhor colocou à frente da sua família para lhe distribuir de comer a seu tempo? 46 Bem-aventurado aquele servo, a quem o seu senhor, quando vier, achar a proceder assim. 47 Na verdade vos digo que lhe confiará o governo de todos os seus bens. 48 Mas, se aquele servo mau disser no seu coração: “O meu senhor tarda em vir”, 49 e começar a bater nos seus companheiros, a comer e beber com os ébrios, 50 virá o senhor daquele servo no dia em que não o espera, e na hora que não sabe, 51 e mandará açoitá-lo e dar-lhe-á a sorte dos hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.
1 «Então, o Reino dos Céus será semelhante a dez virgens, que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. 2 Cinco delas eram néscias, e cinco prudentes. 3 As cinco néscias, tomando as lâmpadas, não levaram azeite consigo; 4 as prudentes, porém, levaram azeite nas vasilhas juntamente com as lâmpadas. 5 Tardando o esposo, começaram todas a cabecear e adormeceram. 6 À meia-noite, ouviu-se um grito: “Eis que vem o esposo! Saí ao seu encontro”. 7 Então levantaram-se todas aquelas virgens, e prepararam as suas lâmpadas. 8 As néscias disseram às prudentes: “Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas apagam-se”. 9 As prudentes responderam: “Para que não suceda que nos falte a nós e a vós, ide antes aos vendedores, e comprai para vós”. 10 Mas, enquanto elas foram comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele a celebrar as bodas, e foi fechada a porta. 11 Mais tarde, chegaram também as outras virgens, dizendo: “Senhor, Senhor, abre-nos”. 12 Ele, porém, respondeu: “Em verdade vos digo que não vos conheço”. 13 Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora.

Talita Kum - Levanta-te
…/13

Tristeza e sono… como andam juntas estas “fraquezas” do homem!

Consentir na tristeza é caminho certo para adormecer.

Ficamos absortos no problema ou na situação que nos aflige e nos entristece. Tudo parece cinzento à nossa volta, não vemos nem saída nem escapatória e, se nos deixar-mos ir por aí, o mais certo é os nossos olhos deixarem de ver o que realmente se passa à nossa volta e cerrarem-se com sono.

‘Eu…? Não! Dizemos, espantados com tal possibilidade, comigo isso não acontece, nunca estou triste!’

Será verdade?

Todas as vezes que nos detemos a pensar no que não temos e desejaríamos ter, porque pensamos que nos faz falta, no que faríamos se as circunstâncias fossem as que consideramos ideais; quando deixamos insinuar-se a suspeita, a pequena inveja, a nossa vontade de sobressair, de ser-mos notados, talvez mais “queridos” que os outros; quando nos revemos com prazer e gosto no que fizemos, como falámos, como fomos “certeiros” na nossa avaliação, como nos olharam com admiração… aí, não estamos tristes, bem pelo contrário, sentimo-nos contentes, felizes até, talvez, eufóricos.

E, a tristeza, que tem a ver com isto, que, afinal, são coisas pequenas que procuramos reprimir de imediato?
Tem, e muito, a ver.
Porque essa alegria, esse contentamento depressa se desvanecem quando nos damos conta da nossa fraqueza, do pouco que somos, da nossa tendência para considerar detidamente tudo aquilo que é agradável aos nossos sentidos e, em contrapartida, a fuga ao sacrifício, à entrega, à renúncia, à simples contenção de pensamentos, atitudes e palavras.

«Se vês que adormeço; se descobres que me assusta a dor; se notas que me detenho ao ver mais de perto a Cruz, não me deixes! Diz-me como a Pedro, como a Tiago, como a João, que necessitas da minha correspondência, do meu amor. Diz-me para seguir-te, para não voltar a deixar-te abandonado com os que tramam a Tua morte, tenho que passar por cima do sono, das minhas paixões, da comodidade.» [1]

Os discípulos agora, não sentem sono. Estão bem despertos, talvez preocupados com a multidão que cerca Jesus num turbilhão de pessoas de todas as condições sociais, homens, mulheres, jovens e anciãos, gente humilde e de posses, letrados e ignorantes, sãos e doentes, que quer aproximar-se, ouvir, tocar o Mestre.

A sua preocupação é protegê-lo, resguardá-lo e, talvez, também darem a perceber que são os discípulos, os próximos, os íntimos. Talvez haja algum orgulho, vaidade até. Afinal, são eles os confidentes de Jesus… «Que são orgulho! Que justificada vaidade! Estar próximo de Jesus. Ser Seu íntimo!» [2]

«Muitos não entendem este desejo:

Estar próximo de Cristo!

É que têm de Jesus uma visão como que esfumada pela distância em que O colocam. Há como que um ‘respeito humano’ muitas vezes disfarçado de falsa discrição, que leva muitos a pensar: ‘Cada coisa no seu lugar, isto é: Jesus Cristo na Igreja’, como se dissessem: ‘a minha esposa, os meus filhos… em casa!’

Alguns têm por costume pôr no automóvel fotografias deles, desses entes mais próximos e queridos. Dos motivos que os movem, talvez dois sejam os mais comuns: para funcionarem como ‘despertador’ prevenindo excessos perigosos na condução e como ‘última imagem’ em caso de acidente grave.
Mas, na verdade, só quem traz no coração a imagem da pessoa querida consegue vê-la com nitidez.
Quem traz a fotografia no bolso, na carteira, no automóvel, só se lembra dela quando, por acaso ou de propósito, a mira. Para os outros, é apenas uma recordação que, de vez em quando, a memória traz, envolta na bruma do passado mais ou menos recente.
Estar próximo de Cristo não é, de facto, trazer a Sua imagem na carteira, é trazer a Sua imagem no coração. Lembrarmo-nos que, de facto, somos a ‘outra face da moeda’ a que pertence a Deus.
A outra ficará para César. Numa ‘preocupação egoísta e interesseira’, se preciso for…

Trata-se de ganhar intimidade concreta, real, palpável com a pessoa de Jesus Cristo. Esta intimidade tem, sem dúvida, exigências muito grandes que se nos colocam, sobretudo, quando temos de tomar decisões relevantes.

Foi o que aconteceu por exemplo, com Mateus. Jesus chamou-o quando sentado no telónio, o seu local de trabalho e, ele “Levantou-se e seguiu-o».
A concisão da frase põe claramente em evidência a prontidão de Mateus a responder à chamada. Para ele isso significava abandonar tudo, principalmente o que lhe garantia uma fonte segura de recursos, que era no entanto desonrosa e muitas vezes injusta.
Mateus compreendeu pela evidência que a intimidade com Jesus o impedia de seguir uma actividade desaprovada por Deus. Facilmente se tira daqui uma lição para o presente: também hoje é inadmissível o apego a coisas incompatíveis com a caminhada de seguir a Jesus, como é o caso das riquezas desonestas.» [3]

Mas, como se pode ser íntimo de alguém se não convivemos com ele com regularidade, com interesse?

[4]…/


[1] M. Montenegro, Via Crucis, Palabra, 6ª Ed., Madrid, 1971, nr. 48.
[2] AMA, Diário, 2007.10.10
[3] Bento XVI, Audiência geral de 2006.08.30.
[4] AMA, com revisão eclesiástica (agrad. Dr. V. Costa Lima, pela revisão e sugestões)

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