16/12/2011

Itália: Presépio 2006

ITÁLIA: O PRESÉPIO NO PARLAMENTO: "É PRESTIGIANTE E UNIFICADOR", DIZ O PRESIDENTE DO PARLAMENTO, COMUNISTA.

Ao aproximar-se o Natal, o presépio esteve no centro da discussão em Roma. Uma cadeia de lojas decidiu não vender as figuras do presépio, alegando que se vendem menos que a árvore de Natal. Por contraste, o presidente do parlamento italiano, Fausto Bertinotti, comunista, confirmou que no hemiciclo se vai continuar a montar o presépio.

A cadeia de lojas indicou razões de natureza comercial para não colocar as figuras nas estantes. Mas tornou-se o centro de uma polémica política. Forza Itália e Aliança Nacional, integradas na coligação de centro-direita, prometeram lançar uma "cruzada mediática" e um boicote comercial à rede de lojas.

Diferentemente, as figuras de Jesus, Maria e José serão recebidas cordialmente no Parlamento. O presidente, ex-secretário da Refundação Comunista, Fausto Bertinotti, não hesita: "Porque é que não havíamos de pôr o presépio? É um elemento prestigiante e unificador".

"Creio que é uma boa maneira de respeitar o Natal", acrescentou Bertinotti. "Também é respeitador para quem não é crente, porque, não se trata só de expressar um sinal religioso, trata-se de expressar também um aspecto da vida do nosso país". Também Francesco Rutelli, ministro dos Bens Culturais e vice-presidente do governo de Prodi, cristão, de esquerda, disse que o presépio "não pode ser apresentado como o fruto de um conceito clerical: seria uma trivialização absurda". Intervindo no simpósio "De S. Nicolau a Santa Claus", realizado numa sala do Parlamento, afirmou que "a dramatização do Natal tem um aspecto histórico, cultural" e que "uma sociedade que perde de vista estes valores, pensando que são narrações ideológicas, é uma sociedade que se auto-empobrece".


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