Filósofo Rembrandt |
Princípio da substância (II):
O esquecimento da substância
Kant
Como diz Verneaux, «a unidade e a necessidade do conhecimento, segundo Kant, não podem provir da experiencia: portanto estes caracteres derivam da razão que a priori possui a forma do conhecimento. Kant admite como evidente que os conceitos são a priori» ' O meu conhecimento não pode regular-se pela natureza dos objectos, logo há-de de reger-se pelas categorias a priori. Kant desconhecia a teoria tomista da abstracção. Como diz Verneaux, que face a Kant apresenta o realismo do conhecimento, «a negação de toda intuição intelectual em Kant parece-nos o ponto decisivo de toda discussão do kantismo».
É aí onde se joga o destino da metafísica. E continua Verneaux: «porque o conceito, como todo o acto de conhecimento, é intencional. Não é uma coisa arbitrária, pintura, símbolo de outra coisa, senão o meio de conhecer a coisa, uma intenção para com o objecto. É o que poderíamos chamar um conceito aberto ou transparente. Pelo seu conceito, pois, a inteligência visualiza um objecto. O conceito tomado como sujeito de um juízo representa essa coisa segundo um dos seus aspectos. O juízo consiste em completar um sujeito referindo-lhe outro carácter que se percebe no objecto, já imediatamente por intuição, já por meio de raciocínio».
[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.