10/09/2011

Princípios filosóficos do Cristianismo

Caminho e Luz

Princípio de substância (I)

A substância
O homem capta, portanto, que há realidades à sua frente de uma determinada factura. Tudo aquilo que existe no sim é uma substância. A substância é, portanto, um conceito irrenunciável não só pelas exigências do dogma eucarístico, mas também pelas exigências de um são realismo: negar que existam coisas no sim é negar a realidade. Uma das dificuldades que se levantam contra o conceito de substância é que a matéria está composta de elementos vários que fazem desaparecer o conceito da unidade ontológica das coisas. Ora bem, o problema resolve-se se tivermos em conta que cada um desses elementos é real e que, na combinação com outros, forma um conjunto (livro, lápis) que também é real e subsistente. O conceito de substância impõe-se a tudo o que percebe que as coisas que o rodeiam são reais e não produto da sua imaginação.
O que o entendimento capta é que há realidades no sim, que isto que tenho na mão é uma realidade, uma substância, algo (aliquid).
Este ponto costuma dar lugar a confusões que não favorecem em nada a metafísica. Quando, por exemplo, se diz que a metafísica estuda o ser, ou o ente, a pessoa alheia à dita ciência pergunta-se em seguida: Onde está esse ser? O mesmo acontece quando se diz que a metafísica estuda o ente. O ser ou o ente não existe e com ele comete-se uma extrapolação, uma excessiva abstracção que desorienta ao que se inicia na matéria. Outra coisa é dizer que a metafísica estuda todas as coisas (por exemplo este lápis, esta mesa) enquanto são uma realidade, um ente, uma substância, algo (aliquid).

josé antonio sayés, [i] trad ama,



[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.

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