04/09/2011

Princípios filosóficos do Cristianismo

Caminho e Luz

Princípio de substância (I)

A estrutura do juízo
É óbvio, por outro lado, que o que é absoluto e limitado na sua entidade revela identidade consigo mesmo dentro dos seus limites, e por consequência, diferencia-se de tudo o que está fora dos ditos limites. Daí que se diferencie também da realidade do sujeito preceptor. Quando digo «aí há algo», estou dizendo que é uma realidade diferente de mim, que é um não sim, que é uma substância, um ente que rejeita absoluta e parcialmente o nada.
O juízo leva-nos a isto: a perceber que as coisas são uma realidade. O entendimento não tem que demonstrar o que resulta evidente: que há realidades. Unicamente pode mostrar como (e isto é obra da epistemologia) o sujeito se faz fielmente com a realidade conhecida. Haveria que resolver o eterno problema de conjugar a racionalidade abstracta dos nossos conceitos com a realidade concreta conhecida. A isto responderemos mais adiante; agora basta-nos ter mostrado que pelo juízo não captamos o ser no geral e que, por outro lado, acudir ao ser no geral é obstruir já de entrada a possibilidade de um conhecimento objectivo.

josé antonio sayés, [i] trad ama,



[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.

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