13/09/2011

Evangelho do dia e comentário

S. João Crisóstomo [i]












T. Comum– XXIV Semana




Evangelho: Lc 7, 11-17
11 No dia seguinte foi para uma cidade, chamada Naim. Iam com Ele os Seus discípulos e muito povo. 12 Quando chegou perto da porta da cidade, eis que era levado a sepultar um defunto, filho único de uma viúva; e ia com ela muita gente da cidade. 13 Tendo-a visto, o Senhor, movido de compaixão para com ela, disse-lhe: «Não chores». 14 Aproximou-Se, tocou no caixão, e os que o levavam pararam. Então disse: «Jovem, Eu te ordeno, levanta-te». 15 E o que tinha estado morto sentou-se, e começou a falar. Depois, Jesus, entregou-o à sua mãe. 16 Todos ficaram possuídos de temor e glorificavam a Deus, dizendo: «Um grande profeta apareceu entre nós, e Deus visitou o Seu povo». 17 Esta opinião a respeito d'Ele espalhou-se por toda a Judeia e por toda a região circunvizinha.

Comentário:

«o Senhor, movido de compaixão para com ela» Jesus actua movido pelo Seu coração sensível ao sofrimento humano. Não precisa que Lhe peçam nem invoquem a Sua misericórdia e, muito menos, que haja mérito - que nunca há suficiente – daquele a quem assiste.

É esta realidade, tão evidente neste trecho do Evangelho, que nos deve consolar e tranquilizar; o Senhor não deixa nunca de ajudar-nos a levar a carga quando ela se torna pesada de mais para os nossos ombros.

De facto, Ele pode não curar os nossos males físicos mas dá, sempre, ajuda preciosa para os suportarmos.

No mistério que é a morte de um ser humano que nos é muito querido, ou nos faz muita falta, a consolação vem-nos, também, da certeza que a Comunhão dos Santos é uma realidade que muito nos ajuda a suportar com ânimo essas perdas.

(ama, comentário sobre Lc 7, 11-17, 2011.08.12)


[i] Ordenado Sacerdote pelo bispo Flaviano em 386 que o encarregou das pregações na principal igreja da cidade, cargo que desempenhou até 397. Este período de doze anos, foi o mais fecundo da sua vida e nele proferiu as suas homilias mais conhecidas e que, no século VI, lhe valeriam o qualificativo que passou a fazer parte inseparável do nome com que passou para a posteridade: crisóstomo, isto é, boca de ouro.
Os últimos anos de sua vida foram tumultuosos.
Teófilo de Alexandria com acusações falsas, conseguiu que Crisóstomo fosse deposto e desterrado pelo Imperador. O povo de Constantinopla, em especial os mais desfavorecidos - por quem João tanto havia feito - amotinou-se e João, no dia seguinte ao da sua saída, voltou para a sua sé episcopal.
Contudo, poucos meses depois, a situação voltou a piorar e acabou por ser desterrado para a Arménia em 404, de onde, a pedido próprio - por causa do perigo que podia representar para a sua vida a inveja de seus inimigos face às multidões que a ele acudiam -, foi de novo desterrado para um lugar mais distante, na extremidade oriental do Mar Negro. A caminho deste seu último desterro, morreria no ano de 407. Desde o dia 1 de Maio de 1626 o seu corpo repousa na Basílica de São Pedro e, em 27 de Novembro de 2004, o Papa João Paulo II doou parte das suas relíquias ao Patriarca Ecuménico Bartolomeu I e, desta forma, tanto na Basílica Vaticana como na Igreja de São Jorge no Fanar é agora venerado este grande Padre da Igreja.

A produção teológica de João Crisóstomo é extraordinariamente vasta e é composta fundamentalmente por sermões, ainda que contenha também alguns tratados de importância considerável e um significativo número de cartas.
De entre as suas homilias podem ser realçadas aquelas que versam quer sobre aspectos doutrinais, quer sobre questões polémicas: "Sobre a natureza incompreensível de Deus", "As Catequeses baptismais"; "Homilias contra os judeus", são algumas delas. Relevantes são, ainda, as suas homilias exegéticas, de entre as quais se deve salientar: "Sobre o Evangelho de Mateus" (num total de 90), "Sobre a Carta aos Romanos" (32); "Sobre o Evangelho de João"; "Sobre a Epístola aos Hebreus" (34) e as 55 homilias "Sobre o Livro dos Actos dos Apóstolos", naquele que é o único comentário completo e exaustivo sobre este livro da Bíblia que a antiguidade cristã nos deixou. No que diz respeito aos "tratados", devemos salientar: “Sobre o sacerdócio"; "Sobre a vida monástica";"Sobre a virgindade". As cartas são cerca de 250 e pertencem, todas elas, ao período do seu desterro. (compilado ama)



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