30/07/2011

Evangelho do dia e comentário

S. Pedro Crisólogo, Doutor da Igreja [1]






T. Comum– XVII Semana

Evangelho: Mt 14, 1-12

1 Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu falar da fama de Jesus, 2 e disse aos seus cortesãos: «Este é João Baptista, que ressuscitou dos mortos, e por isso se operam por meio dele tantos milagres». 3 Porque Herodes tinha mandado prender João, e tinha-o algemado e metido no cárcere, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe. 4 Porque João dizia-lhe: «Não te é lícito tê-la por mulher». 5 E, querendo matá-lo, teve medo do povo, porque este o considerava como um profeta.6 Mas, no dia natalício de Herodes, a filha de Herodíades bailou no meio dos convivas e agradou a Herodes. 7 Por isso ele prometeu-lhe com juramento dar-lhe tudo o que lhe pedisse. 8 E ela, instigada por sua mãe, disse: «Dá-me aqui num prato a cabeça de João Baptista». 9 O rei entristeceu-se, mas, por causa do juramento e dos comensais, ordenou que lhe fosse entregue. 10 E mandou degolar João no cárcere. 11 A sua cabeça foi trazida num prato e dada à jovem, e ela levou-a à mãe. 12 Chegando os seus discípulos levaram o corpo e sepultaram-no; depois foram dar a notícia a Jesus.

Comentário:

«O rei entristeceu-se, mas, por causa do juramento e dos comensais»…

A maior demonstração dos falsos sentimentos, talvez aquilo que se costuma chamar “lágrimas de crocodilo”, eis o que o Evangelho de hoje nos põe a nu.

Como é possível entristecer-se e, ao mesmo tempo, praticar o mal que, presumivelmente, causava essa tristeza?
Há uma total ausência de valores e critério.
Herodes tem consciência que a ordem que vai dar é horrível, um acto, que no seu íntimo, repudia mas, por causa dos respeitos humanos não houve a sua voz interior e procede como se fosse, realmente, senhor da vida e da morte.

Na verdade, a morte do Baptista, não lhe diz nada ou, quando muito, um sentimento de incómodo; para ele, é muito mais importante que os convidados da festa o tenham em grande conceito e ao seu poder absolutamente discricionário.

A vaidade pessoal é, quase sempre, a base dos respeitos humanos e da ausência de sentimentos de justiça.

(ama, comentário sobre Mt 14, 1-12, 2010.07.31)


[1] São Pedro Crisólogo

O santo deste dia, nasceu em Ímola, na Itália, no ano de 380 e "aproveitou" sua vida, gastando-se totalmente pelo Evangelho, a ponto de ser reconhecido pela Igreja como Doutor da Igreja (isto se deu em 1729, pelo Papa Bento XIII). São Pedro Crisólogo tinha este nome por ter se destacado, principalmente pelo dom da pregação - Crisólogo significa 'O homem da palavra de ouro' (este cognome foi-lhe dado a partir do Séc IX).
Diante da morte do bispo de Ravena, o escolhido para substituí-lo foi Pedro, que neste tempo vivia num convento, aonde queria oferecer-se como vítima no silêncio; mas os planos do Senhor fizeram dele, bispo. Pastor prudente e zeloso da Igreja usou do dom da pregação como instrumento do Espírito para a conversão de pagãos, hereges e cristãos indiferentes na vivência da própria fé.
São Pedro Crisólogo, com o seu testemunho de santidade, conhecimento das ciências teológicas e dom de comunicação venceu a heresia do Monofisismo, a qual afirmava Jesus ter apenas uma só natureza, e não a misteriosa união da natureza Divina e Humana como o próprio nos revelou. Um homem que tinha o pecado no coração, porém Pedro lutou com as armas da oração, jejum e mortificações para assim desfrutar e transmitir, pela Palavra, o tesouro da graça, isto até entrar na Glória Celeste em 450.

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