11. O relativismo socava a liberdade
Para o relativismo não existem valores absolutos. Quem crê que a liberdade humana é um direito universal, tem tanta razão como o que pensa que essa liberdade não existe.
O relativismo, portanto, vai contra as noções de dignidade humana, propriedade privada, liberdade, estado de direito e outras que servem de contrapeso ao despotismo.
Para o relativismo nenhum princípio é digno de ser defendido (excepto o de que tudo é relativo). Como consequência, sob uma mentalidade relativista, o totalitarismo é perfeitamente aceitável e nenhum princípio poderia opor-se-lhe.
Tal é o efeito da tese que defende, por exemplo, que a moralidade é um simples produto da classe social a que se pertence.
Escolas de pensamento como o marxismo, o fascismo e o nazismo justificam dessa formas acções dos seus governos às quais não põem limites. Igualmente, as formas de pensar que tornam flexíveis princípios que deviam ser absolutos, facilitam praticas que os violam, como no caso do aborto.
O relativismo cria uma impressão paradoxal. Quem o defende pretende estar sendo libertado da tirania dos absolutos, que considera como opressores de sua liberdade.
Sem esses absolutos, pensa-se, chegará a real e total liberdade. Daqui surgem os conceitos de tolerância, pluralismo, diversidade e que em última instância solicitam que se suspenda a emissão de juízos, pois nada é mal nem nada é falso.
O resultado dessa mentalidade é a perda de um eixo moral, cujo vazio é cheio pelas decisões de governo, as que forem, quando, então, essa liberdade que se julgava ter conquistado se perde.
Crendo que todo o juízo moral é uma imposição indevida na pessoa, perde-se a defesa moral da liberdade e o governante fica como árbitro do que é bom e certo.
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