Mês de Maio
História das
Aparições de Fátima - 10
Sétima aparição de Nossa Senhora
Local: Cova da Iria
Data: 15 de Junho de 1921
Contexto: Véspera da partida de Lúcia para o asilo do
Vilar
D. José encontrou-se pela primeira vez com Lúcia por
volta de 1920-1921 e interrogou-a acerca dos acontecimentos. Propôs-lhe deixar
Fátima para ir para o Porto, porque lá ainda não era conhecida.
Do diário da Irmã
Lúcia:
«De novo, em Fátima, guardei inviolável o meu segredo.
Mas a alegria que senti ao despedir-me do Senhor Bispo, durou pouco tempo. Lembrava-me
dos meus familiares, da casa paterna, da Cova da Iria, Cabeço, Valinhos, do
poço… e agora deixar tudo, assim, de uma vez para sempre? Para ir não sei bem
para onde…? Disse ao Sr. Bispo que sim, mas agora vou dizer-lhe que me
arrependi e que para aí não quero ir.»
Estava nesta luta, quando foi à Cova da Iria:
«Assim solícita, mais uma vez desceste à terra, e foi
então que senti a Tua mão amiga e maternal tocar-me no ombro; levantei o olhar
e vi-Te, eras Tu, a Mãe bendita a dar-me a mão e a indicar-me o caminho; os
Teus lábios descerraram-se e o doce timbre da tua voz restituiu a luz e a paz à
minha alma: “Aqui estou pela sétima vez, vai, segue o caminho por onde o Senhor
Bispo te quiser levar, essa é a vontade de Deus.”
Repeti então o meu “sim”, agora bem mais consciente do
que, o do dia 13 de Maio de 1917 e enquanto de novo Te elevavas ao Céu, como
num relance, passou-me pelo espírito toda a série de maravilhas que naquele
mesmo lugar, havia apenas quatro anos, ali me tinha sido dado contemplar.»
Notas:
Boletim Bem-aventurados Francisco e Jacinta. Fátima:
Postulação de Francisco e Jacinta Marto, Janeiro Março 2006
O
Poder de Jesus
Jesus
Cristo não podia ser mais claro como quando, segundo relata São João, disse: «O
Pai, aliás, não julga ninguém, mas entregou ao Filho todo o julgamento».
O
poder de julgar é um poder absoluto porque do seu exercício resultará a
condenação ou a absolvição.
Sinto
uma felicidade imensa por saber que este poder está nas Mãos Misericordiosas de
Jesus Cristo e digo isto porque sei quanto É Magnânimo e quer que me salve, não
obstante os meus erros e fraquezas. Mas, mesmo assim, que se me perdoem as
palavras, desejo ter a meu lado uma Advogada que me assista na hora do
julgamento, tentando como só as Mães sabem fazer trazer factos, pequenas
lembranças que de alguma forma possa “adoçar” a crueza dos meus pecados.
Sim,
esta Advogada quero-a, desejo-a particular, ao meu serviço permanente e, por
isso mesmo a invoco permanentemente: Advogada minha esses teus olhos
misericordiosos para mim volvei e não me deixeis cair em tentação. Os teus
conselhos são o que de mais precioso posso ter para me ajudar converter este
vale de lágrimas onde estou em permanente perigo de perecer em rios de alegria
onde possa vogar tranquilo e em paz para a salvação.
Ah!
E advogada Poderosa porque no Tribunal Celeste está logo abaixo do assento do
Juíz Supremo. Tenho a certeza que se me vir em perigo intervirá com veemente
carinho para que o castigo dos meus pecados seja mais brando ou, até talvez,
anulados pelo perdão final.
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