A alegria cristã 5
O seu exercício
Um dos primeiros
escritos cristãos afirma que “todo o homem alegre pratica o bem, pensa o bem e
despreza a tristeza. Mas o homem triste sempre pratica o mal” [9]. Ao ser a alegria
efeito da caridade, aquele que procura a proximidade de Deus e responder à
chamada à santidade pratica o bem e, consequentemente, o seu coração transborda
de paz e alegria: “Se vivermos assim, realizaremos no mundo uma obra de paz;
saberemos tornar amável aos outros o serviço a Nosso Senhor, porque Deus ama
quem dá com alegria (2Cor 9, 7). O cristão é uma pessoa igual às outras na sociedade; mas do seu coração
transbordará a alegria de quem se propõe cumprir, com a ajuda constante da
graça, a Vontade do Pai” (Amigos de Deus, n. 93).
O Papa Francisco,
no texto citado anteriormente, ao diagnosticar o perigo da tristeza
individualista que pode criar uma exacerbada sociedade de consumo, aponta
indiretamente o antídoto: a atenção e o serviço aos outros. A convivência na
família, no trabalho e na sociedade são ocasiões contínuas para fazer o bem e
semear alegria: “Dar-se sinceramente aos outros é de tal eficácia, que Deus o
premeia com uma humildade cheia de alegria” (Forja, n. 591).
Todos precisamos de
ver caras alegres à nossa volta. Por isso vale a pena fazer um esforço para
viver um conselho que era o título de um programa juvenil de televisão e de um
livro ainda hoje à venda: sempre alegres para fazer felizes os outros. A mesma
palavra alegria, na sua tradução inglesa – JOY – indica-nos a ordem dos
nossos interesses e amores: Jesus, Others, You.
Vicente Bosch
[9] Pastor de
Hermas, Mand X, 3, 2-3 (ed. J.J. Ayán Calvo, Madrid 1995, p. 161).
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