*“A vida cristã é um constante começar e recomeçar, uma renovação em cada dia.” (São Josemaria, “Cristo que passa”, 114).
*Qui habitat in adiutorio Altissimi in protectione Dei coeli
commorabitur –
Habitar sob a protecção de Deus, viver com Deus: eis a arriscada segurança do
cristão. É necessário convencermo-nos de que Deus nos ouve, de que está sempre
solícito por nós, e assim se encherá de paz o nosso coração. Mas viver com Deus
é indubitavelmente correr um risco, porque o Senhor não Se contenta
compartilhando; quer tudo. E aproximar-se d'Ele um pouco mais significa estar
disposto a uma nova rectificação, a escutar mais atentamente as suas
inspirações, os santos desejos que faz brotar na nossa alma, e a pô-los em
prática.
Desde a nossa primeira decisão consciente de
viver integralmente a doutrina de Cristo, é certo que avançámos muito pelo
caminho da fidelidade à sua Palavra. Mas não é verdade que restam ainda tantas
coisas por fazer? Não é verdade que resta, sobretudo, tanta soberba? É precisa,
sem dúvida, uma outra mudança, uma lealdade maior, uma humildade mais profunda,
de modo, que, diminuindo o nosso egoísmo, cresça em nós Cristo, pois illum oportet crescere, me autem minui,
é preciso que Ele cresça e que eu diminua.
Não é possível deixar-se ficar imóvel. É
necessário avançar para a meta que São Paulo apontava: não sou eu quem vive; é
Cristo que vive em mim. A ambição é alta e nobilíssima: a identificação com
Cristo, a santidade. Mas não há outro caminho, se se deseja ser coerente com a
vida divina que, pelo Baptismo, Deus fez nascer nas nossas almas. O avanço é o
progresso na santidade; o retrocesso é negar-se ao desenvolvimento normal da
vida cristã. Porque o fogo do amor de Deus precisa de ser alimentado, de
aumentar todos os dias arreigando-se na alma; e o fogo mantém-se vivo queimando
novas coisas. Por isso, se não aumenta, está a caminho de se extinguir. (Cristo que Passa, 58)
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