24/10/2020

Virtudes 24



Fidelidade 1

Uma fidelidade que se renova

A festa de São José coloca diante dos nossos olhos a beleza de uma vida fiel. José confiava em Deus: por isso pôde ser o seu homem de confiança na terra para cuidar de Maria e de Jesus e é, a partir do Céu, um pai bom que cuida da nossa fidelidade.

São José, vir fidelis et iustus (Cfr. Pv 28,20), era fiel e justo pelo amor que enchia a sua alma e o fazia amar os caminhos que a Providencia divina tinha traçado para ele. “José abandonou-se sem reservas nas mãos de Deus, mas nunca recusou refletir sobre os acontecimentos e, assim, pôde alcançar do Senhor esse grau de inteligência das obras de Deus, que é a verdadeira sabedoria. Deste modo aprendeu, pouco a pouco, que os desígnios sobrenaturais têm uma coerência divina que está, por vezes, em contradição com os planos humanos (São Josemaria, Cristo que passa, 42). São José deve ter renovado a sua fidelidade ao longo do andar humano do Verbo divino: na surpresa da anunciação, durante o censo em Belém, ao enfrentar a fuga para o Egipto, e também quando o menino esteve perdido em Jerusalém e o encontrou no templo... Com obediência inteligente, rápida e alegre, fez o que Deus lhe pediu.

SÃO JOSÉ «APRENDEU, POUCO A POUCO, QUE OS DESÍGNIOS SOBRENATURAIS TÊM UMA COERÊNCIA DIVINA, QUE ESTÁ, ÀS VEZES EM CONTRADIÇÃO COM OS PLANOS HUMANOS» (SÃO JOSEMARIA)

Ao longo da existência, a fidelidade renova-se. Uma pessoa casada renova o seu amor todos os dias e de modo especial nalguns aniversários. Assim esse amor cresce sempre mais. Quando se segue uma chamada de Jesus Cristo, actualiza-se também uma decisão de entrega por amor. Quando, pela primeira vez, se diz sim à chamada, não se sabe tudo o que Deus vai pedir, mas a pessoa já quer dar-se de todo e para sempre

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