Filho Pródigo
No nosso comentário podemos procurar
fazer valer certos elementos não expostos directamente na parábola. Podemos,
por exemplo, supor que o pai tenha tomado conhecimento do que se passava com o
filho mais novo pelos seus servidores, sabendo assim que ele quase morria à
fome, que estava sem abrigo e que andava completamente
perdido. Suponhamos que, querendo poupar o filho de tal sorte e de tal
humilhação, o pai tenha decidido enviar um seu servidor, às claras ou em
segredo, com uma bolsa de dinheiro, o que lhe permitiria levar uma vida normal,
ou ainda o regresso à vida desregrada.
Seria este tipo de ajuda que o pai poderia
proporcionar repetidas vezes, capaz de provocar o regresso do filho?
Tudo parece indicar que não.
Quer isto dizer que, ao amar o filho, o
pai não deveria protegê-lo das consequências do mal que o próprio filho
desencadeara. Pelo contrário, o seu coração paternal devia arcar com o
sofrimento infligido pelo filho.
(Tadeus Dajczer, Meditações sobre a Fé,
Paulus, 4ª Ed., pg. 86)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.