(Cfr. Lc 8, 49-56)
Temos sempre de pôr
todos os meios na procura do que necessitamos.
O Senhor não espera
de nós nada que vá além das nossas forças e das nossas capacidades. Mas espera
que as utilizemos, todas, com critério e sem desfalecimentos.
Jesus não é uma
espécie de milagreiro a quem recorremos nas aflições, nas dificuldades,
resolvendo as coisas, ou concedendo sem demora aquilo que pedimos. É verdade
que Deus é infinitamente bondoso, mas também é infinitamente justo.
A Sua justiça pede, portanto, um
empenhamento pessoal, dedicado e completo.
Atrever-me-ia a
dizer que, muitas vezes, o Senhor concede a graça que pedimos, não pela graça
em si, pelo bem em que ela consiste, mas movido pelo esforço, empenho e
persistência que pusemos da nossa parte em conquistá-la.
O contrário será,
talvez, uma espécie de tentação a Deus, apresentar-nos assim, miserandos,
aflitos e até chorosos, ante o Senhor, pedindo-lhe que nos conceda isto ou aquilo.
Com Deus não se
fazem chantagens ou exercem pressões, ou se fazem negócios do género: ‘se me
concederes isto eu, faço aquilo’.
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
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