21/12/2019

THALITA KUM 45


THALITA KUM 45

(Cfr. Lc 8, 49-56)



Como somos pequenos… e fracos… e débeis… Tantas coisas que nos afectam o espírito e condicionam a vontade!
Por vezes há como que um alheamento da realidade, pretendemos conseguir resolver as dificuldades ignorando-as, na esperança, fútil, que elas se resolvam por si mesmas.
Outras vezes dizemos para nós mesmos que já rezámos pelo assunto – até fizemos uma novena – e, portanto, tudo se resolverá.

Que tentação!

‘Já rezaste… deixa lá…’

O maligno sabe muito bem por onde pegar, e, embora não possa conhecer o nosso íntimo, pelos sinais exteriores apercebe-se da nossa fragilidade, talvez momentânea, e não perde ocasião de a aproveitar.

«Os espíritos imundos não podem conhecer a natureza dos nossos pensamentos. Unicamente lhes é dado adivinhá-los mercê de indícios sensíveis, ou examinando as nossas disposições, as nossas palavras ou as coisas que indicam uma propensão da nossa parte. Ao invés o que não exteriorizamos e permanece oculto nas nossas almas, é-lhes totalmente inacessível. Inclusive os próprios pensamentos que eles nos sugerem, o acolhimento que lhes damos, a reacção que nos causam, tudo isto não o conhecem pela própria essência da alma (...) mas, em todo o caso, pelos movimentos e manifestações externas. [1]

(AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)



[1] Cassiano, Collationes, VI 17.

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