Aproveita o tempo. Não te esqueças da
figueira amaldiçoada. Já fazia alguma coisa: dar folhas. Como tu... – Não me
digas que tens desculpas. De nada valeu à figueira – narra o Evangelista – não
ser tempo de figos, quando o Senhor lá os foi buscar. – E estéril ficou para
sempre. (Caminho,
354)
Voltemos ao Santo Evangelho e
detenhamo-nos no que refere S. Mateus, no capítulo vigésimo primeiro. Conta-nos
que Jesus, quando voltava para a cidade, teve fome. Vendo uma figueira junto do
caminho, aproximou-se dela. Que alegria, Senhor, ver-te com fome, ver-te também
sedento, junto do poço de Sicar!. (...)
Como te fazes compreender bem, Senhor!
Como te fazes amar! Mostras-te igual a nós em tudo, excepto no pecado, para que
sintamos que contigo poderemos vencer as nossas más inclinações e as nossas
culpas. Efectivamente, não têm importância o cansaço, a fome, a sede, as
lágrimas... Cristo cansou-se, passou fome, teve sede, chorou. O que importa é a
luta – uma luta amável, porque o Senhor permanece sempre a nosso lado – para
cumprir a vontade do Pai que está nos céus. (...)
Abeirou-se da figueira, mas não
encontrou senão folhas. É lamentável. Não acontecerá assim também na nossa
vida? Não haverá nela, infelizmente, falta de fé e de vibração de humildade,
ausência de sacrifícios e de obras? Não será que apresentamos um cristianismo
só de fachada e sem frutos? É terrível, porque Jesus ordena: Nunca mais nasça
fruto de ti. E, imediatamente, secou a figueira. Entristece-nos esta passagem
da Sagrada Escritura, ao mesmo tempo que, por outro lado, nos anima a avivar a
fé, a viver conformes à fé, para que Cristo receba sempre algum lucro da nossa
parte. (Amigos
de Deus 201–202).
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