Desde
muito criança fui testemunha da devoção ao Sagrado Coração de Jesus na minha
família.
Já
tive ocasião d me referir a este assunto descrevendo memórias de factos e acontecimentos
que marcaram toda a minha juventude.
Confesso
que me fazia um pouco de impressão ver aquela imagem de Jesus com o Coração
fora do peito, muitas vezes cercado de espinhos e sangrando.
Parecia-me
uma crueldade singular sem muito sentido.
Como
pode um coração estar fora do peito e sobreviver?
Ainda
mais sendo como é estabelecido o coração a sendo Amor estar cercado de
espinhos?
Que
espinhos são esses?
A
criança que ainda tento ser hoje, mas que, por miséria minha, não consigo,
compreende que esse Coração pode ser o meu?
Sim,
trago o coração fora do peito, não para ser ferido por espinhos mas para ser
oferecido a quem dele precisar para sobreviver.
Claro,
tem cicatrizes e marcas bem visíveis das ofensas e males praticados, algumas,
talvez, ainda gotejando um pouco do sangue que desperdicei em tantas aventuras,
mas… é o meu coração e, de facto, trago-o fora do peito, nas minhas mãos em atitude
de oferta de doação completa.
Não
me importo muito com este coração e com as suas mazelas e golpes mas
disfarçados, porque, mesmo assim, ofereço-To todo tal qual é e, tenho a certeza,
recebê-lo-ás e como és Generoso em extremo hás-de convertê-lo num Coração digno
do Teu Amor.
E,
como to ofereço todo, ficarei extremamente rico porque receberei um Coração
Novo, ardente e vivo, palpitando por Ti, Meu Senhor e meu Deus.
E,
assim, poderás dá-lo a outros a quem possa servir.
AMA,
reflexão, 03.06.2019
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