TEMPO DE PÁSCOA
Evangelho: Jo 14, 27–31
27 «Deixo-vos a paz; dou-vos a minha
paz. Não é como a dá o mundo, que Eu vo-la dou. Não se perturbe o vosso coração
nem se acobarde. 28 Ouvistes o que Eu vos disse: ‘Eu vou, mas voltarei a vós.’
Se me tivésseis amor, havíeis de alegrar-vos por Eu ir para o Pai, pois o Pai é
mais do que Eu. 29 Digo-vo-lo agora, antes que aconteça, para crerdes quando
isso acontecer. 30 Já não falarei muito convosco, pois está a chegar o
dominador deste mundo; ele nada pode contra mim, 31 mas o mundo tem de saber
que Eu amo o Pai e actuo como o Pai me mandou. Levantai-vos, vamo-nos daqui!»
Comentário:
O que quer o Senhor dizer com 'dominador deste mundo'?
Refere-se ao momento em que o demónio alcança uma vitória, para ele, inesperada: a morte de Cristo na Cruz.
Inesperada porque de facto só nos derradeiros momentos saberá que quem pende do madeiro é o Filho de Deus, até então nunca o Senhor permitiu que tivesse absoluta certeza de Quem era e nem sequer permitia que falasse.
Por várias vezes tinha sido expulso e relegado para fora do domínio dos homens e, naturalmente que teria - falando humanamente - suspeitas, que aliás terão começado nas tentações no deserto quando Cristo o despede: «está escrito não tentarás o Senhor teu Deus», mas nunca Jesus lhe disse Eu Sou Cristo.
No mistério da salvação dá-se esta luta por um domínio
ou melhor, pela conservação de um domínio que até então exercia, aliás não há
propriamente luta porque Jesus Cristo não combate o demónio, mas antes salva a
humanidade do seu domínio ao instaurar o Reino de Deus, dá aos homens os meios
necessários e suficientes para negarem o demónio e as suas obras e optarem
definitivamente pela Salvação Eterna.
(AMA, comentário sobre Jo 14, 27-31, Malta, 26.04.2016)
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