14/11/2018

Leitura espiritual

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Vida de São Francisco de Assis)

ALGUNS MILAGRES REALIZADOS APÔS A MORTE DE SÃO FRANCISCO

O PODER DOS ESTIGMAS

CAPÍTULO II

Alguns mortos que ressuscitaram

5. Na cidade de Cápua, um menino que brincava com um grupo de outros às margens do rio Volturno caiu na água.
A corrente arrastou-o para baixo imediatamente e enterrou-o no fundo, debaixo da areia e da lama.
As crianças que com ele brincavam começaram a gritar e logo se ajuntou uma multidão de pessoas em volta.
Humilde e devotamente invocaram a intercessão de São Francisco para que considerasse favoravelmente a fé que tinham os pais da criança, seus devotos, e a salvasse da morte.
Então um homem que estava nadando a certa distância, ouviu as vozes comovidas daquelas pessoas, aproximou-se delas e perguntou onde havia desaparecido o menino.
Invocou o nome de Francisco e enfim descobriu o lugar onde o lodo fizera uma espécie de túmulo para a criança.
Puxou-o para fora e tirou-o da água, mas para sua tristeza viu que estava morto. Todos podiam ver que ele estava morto, mas continuavam clamando entre lágrimas: “São Francisco, devolve o menino vivo a seu pai”.
Inesperadamente, o menino pôs-se de pé para grande alegria e espanto geral.
Pediu que o levassem à igreja de São Francisco para agradecer-lhe o grande favor porque por sua força sabia agora que havia recuperado a vida milagrosamente.

6. Em Sessa, num bairro chamado Alle Colonne, ruiu uma casa, sepultando nos escombros um jovem que faleceu no mesmo instante.
O povo que ouvira o ruído acorreu de toda parte, removeu as vigas e pedras retirando de lá o corpo do filho morto e entregou-o à sua Mãe. Mas a infeliz suspirava amargamente e clamava: “São Francisco, São Francisco, devolve-me o filho!”
Os circunstantes junto com ela rogavam o socorro do santo, mas a vitima não abria a boca nem dava sinal de vida.
Então depuseram o cadáver num leito e se prepararam para enterrá-lo no dia seguinte.
Sua Mãe, porém, punha a sua confiança em Deus e nos méritos do seu santo e prometeu que cobriria o altar de São Francisco com toalhas novas, se ele restituísse a vida a seu filho.
Então, por volta de meia-noite, o jovem começou a bocejar, o corpo foi se aquecendo, ele se levantou e começou a louvar a Deus.
Deu assim ensejo ao clero e a todo o povo de louvar a Deus e agradecer a Ele e a São Francisco com toda a alegria.

7. Um jovem de Ragusa, chamado Gerlandino, vinha em tempo de vindima para encher seus odres num lagar.
De repente, todo o madeirame cedeu e desabou. As pesadas pedras caíram por cima dele esmagando-lhe a cabeça fatalmente.
O pai correu logo, mas, perdida toda a esperança, nada pôde fazer para socorrê-lo; e deixou-o lá onde havia caído debaixo daquele peso.
Acudiram pressurosos os trabalhadores de uma vinha perto, atraídos pelos gritos que ouviram, e, compadecidos também tal como o pai do rapaz, retiraram o cadáver dentre aquelas pedras.
Entretanto, o pai, prostrado aos pés de um crucifixo, lhe pedia instantemente que, pelos méritos do bem-aventurado Francisco, cuja festa estava próxima, lhe devolvesse vivo o único filho que tinha; repetia as suas preces, fazia promessas e, não contente com isso, prometeu visitar com o seu filho o sepulcro do santo se ele voltasse a viver.
De repente, o jovem cujo corpo estava todo esmagado se reanimou e voltou à sua perfeita forma física.
Levantou-se diante de todos, alegremente, e reprovou as lamentações pelar sua morte, dizendo que havia sido restituído à vida pelas preces de São Francisco.

8. São Francisco também ressuscitou um homem na Alemanha, como atesta o Papa Gregório numa carta apostólica dirigida aos Irmãos que haviam acorrido a um CAPÍTULO no tempo em que o santo teve os seus restos mortais trasladados.
Não incluo o relato aqui porque o ignoro, julgando que o testemunho do papa vale muito mais do que qualquer descrição.

CAPÍTULO III

ALGUNS QUE SÃO FRANCISCO SALVOU DO PERIGO DA MORTE

1. Vivia perto de Roma um nobre de nome Rodolfo com a sua mulher, muito devota, os quais receberam certa vez em sua casa alguns Irmãos menores, não apenas por espírito de hospitalidade, mas particularmente por seu amor e devoção ao santo.
Naquela mesma noite descansava no mais alto ponto da torre a sentinela do castelo sobre um monte de lenha colocado sobre o ressalto do muro, quando se desfez o monte e ele caiu sobre o telhado do palácio e daí no chão.
Ao ruído, toda a família despertou e, sabendo da desgraça da sentinela, o senhor do castelo, sua esposa e os Irmãos acudiram rápidos em seu auxílio.
Mas o infeliz estava com tanto sono, que não despertou com a dupla queda nem com o clamor de toda aquela família desconsolada. Acordando, enfim, pelos movimentos dos que o levavam e moviam de um lado para o outro, começou a queixar-se amargamente de ter sido privado de seu suave repouso, dizendo que se encontrava dormindo tranquilamente nos braços de São Francisco.
Mas vindo a saber pelos circunstantes da sua queda e vendo-se em terra, ele que se achava no mais alto da torre, ficou muito admirado por não se ter dado conta do que lhe sucedera; e como prova do seu agradecimento a Deus e a São Francisco, prometeu, em presença de todos, consagrar-se aos rigores da penitência.

2. Numa pequena aldeia chamada Pofi, na Campania, um sacerdote chamado Tomás estava consertando o moinho de propriedade da igreja.
Caminhando incautamente ao longo do conduto da água, por onde esta se precipitava com grande força, formando um sorvedouro profundo, caiu de repente e ficou preso entre as pás da roda que fazia girar o moinho.
Deitado assim com o ventre para cima, calam-lhe as águas sobre a boca. Não podendo abri-la, invocava com o coração o nome de Francisco. Muito tempo ficou nessa posição, até que seus companheiros, que acudiram ao lugar do acidente, desesperaram de poder salvar-lhe a vida, embora fizessem a roda girar para trás. Com isso conseguiram livrá-lo daquela espécie de prisão, mas o sacerdote, quase asfixiado, revolvia-se na corrente das água.
Entretanto, um Irmão menor, vestido de branca túnica e cingido de uma corda, tomou-o suavemente pelo braço e, tirando-o para fora da água, lhe disse: “Eu sou Francisco, a quem com tanta fé invocaste”. Vendo-se livre o sacerdote, admirou-se muito e desejando beijar as pegadas dos pés de Francisco, corria de um lado para outro, perguntando a seus companheiros: “Onde está o servo de Deus? Por que lugar andou o santo? Por que caminho saiu?”
Atemorizados, os companheiros caíram de joelhos no chão, anunciando as grandes maravilhas do Altíssimo e os extraordinários méritos de seu servo.

(cont)

São Boaventura

Revisão da versão portuguesa por AMA

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