A Santa Missa situa-nos
deste modo perante os mistérios primordiais da fé, porque se trata da própria
doação da Trindade à Igreja. Compreende-se assim que a Missa seja o Centro e a
raiz da vida espiritual do cristão. É o fim de todos os sacramentos. Na Santa
Missa, a vida da graça encaminha-se para a sua plenitude, que foi depositada em
nós pelo Baptismo, e que cresce, fortalecida pela Confirmação. Quando
participamos na Eucaristia, escreve S. Cirilo de Jerusalém, experimentamos a
espiritualização deificante do Espírito Santo, que além de nos configurar com
Cristo, como sucede no Baptismo, nos cristifica integralmente, associando-nos à
plenitude de Cristo Jesus.
A efusão do Espírito
Santo, na medida em que nos cristifica, leva-nos a reconhecer como filhos de
Deus. O Paráclito, que é caridade, ensina-nos a fundir com essa virtude toda a
vida. Por isso, feitos uma só coisa com Cristo, consummati in unum, podemos ser entre os homens o que Santo
Agostinho afirma da Eucaristia: sinal de unidade, vínculo de Amor. (Cristo
que passa, 87)
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