Quando tinha quinze anos
cheguei a casa radiante pois tinha um "presente de Natal" para o meu
Pai.
Entreguei-lho orgulhoso:
'Aqui tem, Pai, a
caderneta com as minhas notas deste período: terceiro classificado na classe
com média de dezoito valores!
O meu Querido Pai recebeu
a caderneta, conferiu e disse-me:
Muito bem!
Mas, continuou, se bem
entendo, houve, pelo menos dois colegas teus que tiveram médias de dezanove e
vinte e que foram os segundo e primeiro classificados!
Isto, claro, era
absolutamente verdade, mas eu fiquei chocado e desiludido.
Fui para o meu quarto
pensando na tremenda injustiça com que fora tratado.
Durante as férias não se
falou mais no assunto.
A verdade é que chegadas
as férias da Páscoa a caderneta que ofereci ao meu Pai atestava uma média de
vinte valores e o Primeiro lugar na minha turma.
O meu Pai dando-me um
enorme beijo só me disse:
Vês como eu tinha razão?
Tu podes e, se podes tens
de alcançar!
E, claro, uma vez mais, o
meu Pai tinha inteira razão.
AMA,
reflexões, 29.05.2018
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