Depois
da reunião magna dos Anjos da Guarda, calhou a um deles apresentar ao Senhor as
principais conclusões a que tinham chegado.
Nada
de extraordinário ou reivindicativo, claro que não… mas antes as preocupações
emergentes das situações diárias que ultimamente os “seus protegidos” estão
enfrentar.
Resumia-se
a preocupação a uma única coisa, seriamente ponderada e de equanimidade de
opiniões.
A
principal preocupação dos Anjos da Guarda era algo que tinha a ver com os
chamados tempos modernos do mundo informático.
Os
seu “guardados” têm-se visto assediados por todos os lados pelas artimanhas do
mundo informático sobretudo no que corresponde aos chamados meios de
comunicação integral. Como, por exemplo, o Facebook.
Alguns
tinham a ventura de aqueles por quem eram responsáveis serem pessoas prevenidas,
e pouco atreitas a essas “novidades” e, sobretudo contidas na utilização desses
meios.
Outros,
porém, estavam preocupadíssimos porque aqueles que tinham sob a sua guarda
andavam como que encantados ou maravilhados com essa coisa extraordinária de puderem
comunicar com conhecidos e desconhecidos, fosse quem fosse, revelando
intimidades, contando factos da vida pessoal, dando conselhos, alvitres, sugestões…
enfim uma espécie de consultório gratuito e sem peso nem medida.
Os
Anjos são, como sabemos muito bem, seres superiores, inteligentes e capazes de
se adaptarem a qualquer situação que possa ocorrer por mais estranha ou
invulgar que aos nossos olhos humanos possa ocorrer.
Mas,
aqui, neste assunto específico, sentiam como que uma barreira que
sistematicamente lhes era levantada a cada momento pelos seus próprios
“protegidos” que nem sequer davam qualquer atenção às suas insinuações e
inspirações como se, deveras, estivessem obcecados por essa maravilha que
chamavam de Facebook.
O
que fazer»? Como intervir?
Claro
que os Santos Anjos têm poderes extraordinários de intervenção mas não podem,
de modo nenhum, intervir e muito menos coarctar a liberdade de cada ser sob a
sua guarda e responsabilidade.
Exactamente
porque o fenómeno estava a tomar proporções extensíssimas, resolveram ter essa
”reunião”, nomear um “porta-voz” e apresentar a questão a Nosso Senhor.
Evidentemente
que, o Senhor que sabe tudo, não teve nenhuma surpresa - talvez até estivesse
algo curioso porque é que tinham levado tanto tempo a examinar e a expor a
questão.
O
encontro (reunião) demorou imenso tempo o que, na eternidade, quer dizer um
lapso de tempo, um micro-segundo. Mas, seja como for, foi muito importante porque
o que o Senhor disse, como sempre, definitivo e sem requebros, foi exactamente
o que os Santos Anjos da Guarda esperavam ouvir.
E,
o Senhor disse: ‘Fazei o que estiver ao
vosso alcance para perceber esses mecanismos que os homens inventaram, e tentai
que não se deixem arrastar por eles além do razoavelmente digno e moralmente
aceitável. Atenção porém que, como muito bem sabeis, se um mal aparente há
sempre um bem a retirar’.
Dito
isto acabou a “reunião” e os Santos Anjos da Guarda resolveram de comum acordo,
como sempre, tornarem-se peritos na matéria – embora coisas tão especificamente
terrenas a alguns repugnasse – de forma a poderem sem nenhuma dificuldade,
insinuar o seu conselho e guia aos que estão sob a sua guarda.
Como
“perito”, digamos assim, foi nomeado o Arcanjo São Rafael pela sua dedicação
“especial” à juventude mais atreita – talvez – aos atractivos desses meios de
comunicação modernos.
Estejamos,
todos, portanto, descansados. Antes de “entrar” nessas vias de comunicação
massivas – por muitos “seguidores e “gostos” que possamos ter, - perguntemos
antes ao Nosso Anjo da Guarda o que fazer.
Ficaremos,
todos, surpreendidos pelas suas respostas.
AMA,
reflexões, 16.06.2018
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.