13/09/2018

Temas para reflectir e meditar


Dissertação pateta

Depois da reunião magna dos Anjos da Guarda, calhou a um deles apresentar ao Senhor as principais conclusões a que tinham chegado.
Nada de extraordinário ou reivindicativo, claro que não… mas antes as preocupações emergentes das situações diárias que ultimamente os “seus protegidos” estão enfrentar.

Resumia-se a preocupação a uma única coisa, seriamente ponderada e de equanimidade de opiniões.
A principal preocupação dos Anjos da Guarda era algo que tinha a ver com os chamados tempos modernos do mundo informático.
Os seu “guardados” têm-se visto assediados por todos os lados pelas artimanhas do mundo informático sobretudo no que corresponde aos chamados meios de comunicação integral. Como, por exemplo, o Facebook.

Alguns tinham a ventura de aqueles por quem eram responsáveis serem pessoas prevenidas, e pouco atreitas a essas “novidades” e, sobretudo contidas na utilização desses meios.

Outros, porém, estavam preocupadíssimos porque aqueles que tinham sob a sua guarda andavam como que encantados ou maravilhados com essa coisa extraordinária de puderem comunicar com conhecidos e desconhecidos, fosse quem fosse, revelando intimidades, contando factos da vida pessoal, dando conselhos, alvitres, sugestões… enfim uma espécie de consultório gratuito e sem peso nem medida.

Os Anjos são, como sabemos muito bem, seres superiores, inteligentes e capazes de se adaptarem a qualquer situação que possa ocorrer por mais estranha ou invulgar que aos nossos olhos humanos possa ocorrer.

Mas, aqui, neste assunto específico, sentiam como que uma barreira que sistematicamente lhes era levantada a cada momento pelos seus próprios “protegidos” que nem sequer davam qualquer atenção às suas insinuações e inspirações como se, deveras, estivessem obcecados por essa maravilha que chamavam de Facebook.

O que fazer»? Como intervir?

Claro que os Santos Anjos têm poderes extraordinários de intervenção mas não podem, de modo nenhum, intervir e muito menos coarctar a liberdade de cada ser sob a sua guarda e responsabilidade.

Exactamente porque o fenómeno estava a tomar proporções extensíssimas, resolveram ter essa ”reunião”, nomear um “porta-voz” e apresentar a questão a Nosso Senhor.

Evidentemente que, o Senhor que sabe tudo, não teve nenhuma surpresa - talvez até estivesse algo curioso porque é que tinham levado tanto tempo a examinar e a expor a questão.

O encontro (reunião) demorou imenso tempo o que, na eternidade, quer dizer um lapso de tempo, um micro-segundo. Mas, seja como for, foi muito importante porque o que o Senhor disse, como sempre, definitivo e sem requebros, foi exactamente o que os Santos Anjos da Guarda esperavam ouvir.

E, o Senhor disse: ‘Fazei o que estiver ao vosso alcance para perceber esses mecanismos que os homens inventaram, e tentai que não se deixem arrastar por eles além do razoavelmente digno e moralmente aceitável. Atenção porém que, como muito bem sabeis, se um mal aparente há sempre um bem a retirar’.

Dito isto acabou a “reunião” e os Santos Anjos da Guarda resolveram de comum acordo, como sempre, tornarem-se peritos na matéria – embora coisas tão especificamente terrenas a alguns repugnasse – de forma a poderem sem nenhuma dificuldade, insinuar o seu conselho e guia aos que estão sob a sua guarda.

Como “perito”, digamos assim, foi nomeado o Arcanjo São Rafael pela sua dedicação “especial” à juventude mais atreita – talvez – aos atractivos desses meios de comunicação modernos.

Estejamos, todos, portanto, descansados. Antes de “entrar” nessas vias de comunicação massivas – por muitos “seguidores e “gostos” que possamos ter, - perguntemos antes ao Nosso Anjo da Guarda o que fazer.
Ficaremos, todos, surpreendidos pelas suas respostas.

AMA, reflexões, 16.06.2018


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