Quanto mais de Cristo fores, maior graça
terás para a tua eficácia na terra e para a felicidade eterna. Mas tens de
decidir-te a seguir o caminho da entrega: a Cruz às costas, com um sorriso nos
lábios, com uma luz na alma (Via
Sacra, 2ª Estação, n. 3).
Ouves dentro de ti: "Como pesa esse
jugo que livremente tomaste!"... É a voz do diabo; o fardo... da tua
soberba. Pede humildade ao Senhor, e também tu entenderás aquelas palavras de
Jesus: iugum enim meum suave est, et onus
meum leve (Mt 9, 30), que me agrada traduzir, livremente, assim:
o meu jugo é a liberdade, o meu jugo é o amor, o meu jugo é a unidade, o meu
jugo é a vida, o meu jugo é a eficácia (Via Sacra, 2ª Estação, n. 4).
Há no ambiente uma espécie de medo da
cruz, da Cruz do Senhor. Tudo porque começaram a chamar cruzes a todas as
coisas desagradáveis que acontecem na vida, e não sabem aceitá-las com sentido
de filhos de Deus, com visão sobrenatural.
Até tiram as cruzes que os nossos avós
levantaram nos caminhos!
Na Paixão, a Cruz deixou de ser símbolo
de castigo para se converter em sinal de vitória. A Cruz é o emblema do
Redentor: in quo est salus, vita et
ressurrectio nostra, ali está a nossa salvação, a nossa vida e a nossa
ressurreição. (Via Sacra, 2ª Estação, n. 5).