Em vez de (!) Talvez,
antes (?)
Que pergunta? Que exame?
No fim e ao cabo o que é ser inocente?
Penso que, resumindo, é não ter nenhuma
responsabilidade sobre algo que se fez ou que se pensou.
Mas como?
Fazer ou pensar são actos da vontade que só acontecem
com consentimento pessoal, logo...
Julgo que a resposta está na intenção ao contrário do
que será fazer ou pensar de acordo com a minha conveniência.
Inocente significa, ao mesmo tempo, inimputável, um
termo muito em uso nos dias de hoje.
Mas, não exactamente iguais.
Posso ser inimputável por algo que fiz sob o efeito de
bebida ou outro meio qualquer que alterou significativamente a minha capacidade
de avaliação, mas o efeito é resultado da causa e esta é altamente reprovável pelo
que não inocente.
Por outro lado, quando se actua sob pressão ou
qualquer condicionante, tal não significa por si só que se seja inocente porque,
para cair nessa situação, foi necessário dar passos, consentir de alguma forma
colaborar.
Assim, resumindo, ser inocente é não ter nem intenção,
nem consequência, é como a criança que faz o que faz porque quer sem que deseje
saber se tal lhe convém, é útil ou interessa.
Donde que, para um adulto, ser inocente é extremamente
difícil… tão difícil como uma criança portar-se como um adulto.
(ama, reflexões,
2016.11.09)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.